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I SÉRIE — NÚMERO 82

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Se compararmos a despesa nas prestações sociais opondo apenas os três primeiros meses deste ano aos

três primeiros meses do ano passado, verificamos que há uma redução de 12,6% nas prestações sociais, o

que significa que há menos pessoas com proteção social. Esta é a escolha que o Governo da direita faz. É

contra esta escolha que apresentamos medidas concretas para resolver um problema concreto e o drama das

pessoas.

Cada desempregado de longa duração, cada jovem desempregado sem apoio social, significa um drama

concreto a que este Governo se recusa a dar resposta. É por isso mesmo que a proposta que apresentamos é

tão importante. Que cada um e cada uma assumam as suas responsabilidades.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Ainda para uma pergunta, tem a palavra a Sr.ª Deputada Idália Salvador Serrão, do

PS.

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Sr.ª Presidente, a quem agradeço ter-me dado a palavra, Sr.as

e

Srs. Deputados, Sr.ª Deputada do Bloco de Esquerda, eu poderia usar o meu tempo para fazer uma pergunta

aos Deputados do PCP,…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Pode fazer, que nós respondemos!

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — … mas vou direcionar a minha pergunta ao BE e não vou cometer

essa deselegância.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Sr.ª Deputada, hoje é inquestionável que os portugueses estão pior.

O retrato do País deve ser também feito a partir da vida das mulheres, dos homens e das crianças para quem

as condições de vida se têm vindo a deteriorar com as decisões deste Governo, do orgulho de ir para além da

troica, do orgulho de ir para além do inicialmente acordado e do resultado das diferentes avaliações.

Por isso, existe mais desemprego, mais pobreza, fundamentalmente entre as crianças e os idosos, mais

precariedade no trabalho, mais emigração, menos poder de compra e menos qualidade de vida.

Os portugueses viram reduzidos os seus salários, as suas pensões, viram partir os seus filhos para o

estrangeiro, estão a sentir na pele as abordagens pouco sérias das políticas de mínimos sociais.

O RSI (rendimento social de inserção), cuja prestação média é de 80 €, foi suspenso para famílias com

mais de 100 000 € no banco? Este é o pedido de explicação que todos fazemos ao Governo mas que ele não

nos quer dar.

Se o Governo questiona o custo das medidas de combate ao desemprego, é estranho que se acomode

com o aumento da despesa com a proteção no desemprego, que, em 2013, é 33% superior a 2009, período

antes da crise.

Aplausos do PS.

E, Sr.ª Deputada, se é verdade que há uma melhoria das perspetivas económicas dos países da OCDE…

Vozes do PSD: — Ah!…

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — … é esta própria organização, no seu relatório Society at a Glance

de 2014, que alerta os governos para que não se iludam sobre os efeitos da crise.

Os efeitos mais negativos desta crise irão perdurar a longo prazo, desde logo os efeitos das taxas de

desemprego elevadas entre desempregados de longa duração e no desemprego jovem, com a consequente

perda de rendimentos que irá afetar por muito tempo demasiadas cidadãs e demasiados cidadãos.