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I SÉRIE — NÚMERO 89

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Este período está alicerçado na recuperação da confiança de todos os setores

económicos, dos empresários e investidores, mas também das famílias. Os índices de confiança têm subido

consistentemente desde o final de 2012. Este último mês de maio confirmou a crescente confiança de todos

na recuperação que estamos a impulsionar.

Está alicerçado nas reformas que já temos no terreno e noutras que avançarão rapidamente, tal como foi

publicamente anunciado pelo Governo nas últimas semanas, mas também está alicerçado na estabilidade

orçamental, seguindo uma estratégia plurianual credível, ajustada às necessidades do País e aos

compromissos internacionais a que soberanamente aderimos.

O caminho da responsabilidade orçamental prossegue com o mesmo propósito de assegurar o futuro do

País e impedir que voltemos para trás. Não precisamos da troica para nos dizer como e por que é que

devemos seguir este caminho: fazemo-lo como um meio, um meio indispensável, mas um meio para servir os

portugueses, todos os portugueses. Para servir as novas gerações, que não devem ter o seu futuro negado

pelo fardo de uma dívida descontrolada; os reformados, que precisam de sustentabilidade nos sistemas de

pensões; os funcionários públicos, que merecem a recuperação gradual dos seus rendimentos, o

descongelamento das promoções e carreiras mais consentâneas com a sua atividade e a sua

responsabilidade; os trabalhadores e as famílias, que suportam uma carga fiscal excessiva, infelizmente ditada

pela emergência financeira em que mergulhámos em 2011, e que merecem, com certeza, melhores salários,

algo que só pode realizar-se num horizonte de estabilidade e de crescimento sustentado, com ganhos de

produtividade e mais valor acrescentado;…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … as empresas, para que possam criar mais emprego, incentivar mais, investir

mais, exportar mais, e para que não tenham de voltar a enfrentar o choque financeiro que experimentaram há

três anos.

Que não haja quaisquer dúvidas: este alicerce tem de demonstrar toda a solidez. Quaisquer reveses nesta

estratégia serão passos atrás, e qualquer passo em falso pode representar a reabertura de feridas sociais e

económicas que precisam de ser saradas e não agravadas.

Mas esta nova fase que se abre está sobretudo alicerçada na vontade dos portugueses de construir a

sociedade próspera e democrática que desejam para si e para os seus filhos. A vontade de construir uma

sociedade mais justa e mais aberta, com oportunidades para todos.

Numa palavra: a vontade de seguir em frente e não de voltar para trás.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Temos 11 perguntas a serem dirigidas ao Sr. Primeiro-Ministro, cujos oradores já

identificarei.

Antes disso, há duas perguntas a serem dirigidas ao Sr. Deputado Jerónimo de Sousa — duas perguntas e

não uma, como tinha sido indicado, pois a Mesa regista que o PS, através do Sr. Deputado José Junqueiro,

pretende também formular um pedido de esclarecimento.

Sendo assim, pergunto ao Sr. Deputado Jerónimo de Sousa se pretende responder em conjunto ou

separadamente.

Pausa.

Recebemos a confirmação do Sr. Deputado Jerónimo de Sousa de que responderá em conjunto, pelo que,

de imediato, dou a palavra ao Sr. José de Matos Correia, para formular um pedido de esclarecimento.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. José de Matos Correia (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo,

Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, o senhor pronunciou ali, do alto daquela tribuna, um