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I SÉRIE — NÚMERO 91

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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora bem!

Protestos do PCP.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Vou fazer-lhe justiça: V. Ex.ª não defendia a PPP; defendia, sim, que a

alta velocidade deveria ser feita, mas através do Estado. E sabe por que é que não conseguimos saber se era

mais barato fazê-la através de uma PPP ou através do Estado? Porque o Governo do Partido Socialista não

fez o tal comparador público, pelo que não foi possível saber se era mais barato.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não, não! Nós propusemos que não houvesse PPP e os senhores votaram

contra!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Agora, Sr. Deputado, diga-me, se tiver coragem e frontalidade: qual é a

sua posição sobre o Metro Sul do Tejo? Acha que é uma boa PPP, ou não? É uma pergunta a que gostaria

que respondesse.

Sr. Deputado Paulo Cavaleiro, permita-me que lhe mostre um gráfico que esclarece a falácia do Partido

Socialista. É evidente que há países, como o Reino Unido e a Espanha, que fizeram mais PPP do que nós,

mas não há nenhum país que tenha cometido a irresponsabilidade de comprometer uma tal percentagem do

PIB, como nós fizemos — e isto, numa altura em que a nossa dívida pública estava quase em 100%. Isto é

que é o peso da irresponsabilidade: fazer PPP, quando temos uma dificuldade financeira, quando já estamos

no limite da nossa capacidade financeira, esgotando a capacidade financeira para a economia e para as

empresas, deixando os pagamentos para mais tarde (e esse é o tal compromisso geracional de que falava).

Fazer PPP em cenário de dificuldade económica, com a dívida pública «no vermelho» e, ainda assim, deixar a

conta para o Governo que viesse, cinco anos depois, pagar, é não só imoral como injusto, e muito injusto para

as novas gerações. Isso deveria ter uma penalização, mas, infelizmente, ainda não teve.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não se esqueça do que está a dizer! Olhe que isto é gravado!

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, a Mesa não regista mais inscrições.

Sendo assim…

Pausa.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Campos, do PS.

O Sr. Paulo Campos (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Em nome de uma narrativa falsa, vendeu-

se ao País uma política que paralisou um dos setores mais importantes da nossa economia, que provocou

milhares de falências de empresas, que provocou dezenas de milhares de desempregados.

Em nome de uma narrativa falsa, vendeu-se a ilusão de «gorduras» que, três anos depois, este Governo foi

incapaz de eliminar, qualquer daquelas que tem evidenciado.

Aplausos do PS.

Este debate é, aliás, muito representativo daquilo que aconteceu nos últimos anos. A intervenção do

Deputado da maioria, a criticar a construção de infraestruturas, fez-me recordar os vários programas do PSD e

os vários programas de Governo do Partido Social Democrata, onde prometeram sempre a construção destas

infraestruturas.