26 DE JUNHO DE 2014
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Aplausos do PS.
Digo-lhe mais: além disso, ficaram 174 centros educativos em construção, a qual não foi prosseguida por
este Governo.
Já agora, pergunto-lhe também o que é que tem a dizer ao autarca de Viseu, do PSD, que se opõe ao
encerramento de uma escola no seu concelho? O que é que tem a dizer relativamente ao caso do autarca de
Arouca, que afirma que a escola que pretendem encerrar naquele concelho tem 40 alunos? O que é que tem a
dizer quanto a isso? É este o critério que a Sr.ª Deputada aqui está a defender?
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Pois saiba, Sr.ª Deputada, que nos orgulhamos de ter feito a reforma que fizemos, de termos implementado
as cartas educativas e de ter feito toda essa operação ao nível do 1.º ciclo.
Quanto a Cinfães, sabe porque é que se passa aquilo que foi referido? Porque em Cinfães foram
construídos seis centros educativos e, agora, está a fazer-se aquilo que a carta educativa impunha que se
fizesse. Portanto, se o autarca de Cinfães disse aquilo que disse é porque os centros educativos têm
capacidade para responder a essas necessidades, e esses centros foram construídos pelo Governo do Partido
Socialista. Portanto, é isto o que se passa em Cinfães.
Portanto, a Sr.ª Deputada, antes de dizer o que disse, devia saber quais foram os centros educativos
construídos,…
Protestos do CDS-PP e do PSD.
… qual foi o investimento feito e responder aos portugueses porque é que o seu Governo desinvestiu na
requalificação do parque escolar. Era a isto que devia responder.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Amadeu
Soares Albergaria.
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Com o projeto de lei
em debate esta tarde, o Partido Comunista Português pretende, no que à educação diz respeito, suspender o
processo de reordenamento da rede escolar. Não podemos concordar com esta posição do PCP.
Na verdade, no início desta semana, foi divulgada pelo Ministério da Educação e Ciência a lista das 311
escolas cujos alunos passarão a frequentar novos centros escolares ou outras escolas com melhores
condições. Com esta medida, o Governo revela, uma vez mais, a sua preocupação central em todas as
decisões que toma em matéria de educação: colocar acima de tudo as necessidades dos nossos alunos.
Estes alunos terão melhores condições físicas, salas de aula mais qualificadas, espaços de recreio
organizados, espaços adequados para a prática da atividade físico-motora, bibliotecas e refeitórios. Será
também reduzido o número de turmas com alunos de diferentes anos de escolaridade.
O reordenamento da rede escolar do 1.º ciclo é, por natureza, um processo dinâmico, porque tem de
acompanhar a evolução demográfica, a construção de centros escolares, a existência de escolas com
melhores condições, acautelando condições como a distância para a escola de destino, o tempo de percurso,
o transporte e as refeições.
O processo foi feito em diálogo com as autarquias e consensualizado sempre que possível. Na verdade,
como já aqui foi dito, a maioria das escolas da lista em causa, cerca de 68%, teve mesmo o acordo expresso
das autarquias.
Sublinhe-se ainda o facto de cerca de 240 escolas permanecerem abertas com menos de 21 alunos,
atendendo-se ao contexto da comunidade educativa, o que contraria o argumento segundo o qual este
reordenamento foi feito a régua e esquadro.