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3 DE JULHO DE 2014

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… a geração dos avós, a geração dos pais e a geração dos filhos. A geração dos avós, à qual o senhor

cortou nas pensões e nas reformas, à qual o senhor dificultou o acesso aos cuidados de saúde; a geração dos

pais, à qual o senhor provocou o maior aumento de impostos e à qual o senhor, com a sua política de

destruição, destruiu emprego; e a geração dos filhos, à qual a única mensagem que o senhor soube enviar foi:

«emigrem porque neste País os filhos, os jovens não têm qualquer oportunidade».

Foram três anos de destruição de três gerações de portugueses!

Aplausos do PS.

Mais do que isso, o senhor destruiu-lhes a esperança. É que é a esperança que ergue as nações, é a

esperança que é capaz de fazer renascer os povos e colocar o nosso País num trilho de crescimento e não de

empobrecimento, como o senhor optou por fazer.

O senhor cometeu um grave erro — e aí tem razão, foi há três anos, em 21 de junho, que tudo começou.

Tudo começou na destruição do País. O senhor, deliberadamente, empobreceu o País, e o País, hoje, está

mais pobre e os portugueses, infelizmente, vivem pior do que há três anos.

O País está pior porque a nossa dívida pública aumentou, ultrapassou os 133% do PIB, isto é, cada

português deve mais do que devia há três anos.

O País está mais pobre porque temos menos ativos.

O País está mais pobre porque houve privatizações que nunca deveriam ter sido feitas, como foi o caso da

rede elétrica ou como é o caso da EGF, com dificuldades para a sustentabilidade da Águas de Portugal, ou

como é o caso da transportadora aérea portuguesa, a cuja privatização me opus desde o início, porque

considero que há todas as condições para transformá-la numa transportadora aérea da lusofonia,…

Aplausos do PS.

… permitindo a injeção de capitais privados, oriundos de países que têm laços históricos com todos nós.

O País está mais pobre porque a nossa economia está, infelizmente, nos mesmos níveis do início do

século, isto é, recuámos 13 anos, no que diz respeito à economia.

Os portugueses vivem pior porque o desemprego aumentou. E se o Primeiro-Ministro somar ao número de

desempregados registados oficialmente os mais de 300 000 portugueses que estão desencorajados de

procurar emprego, teremos uma taxa de desemprego superior a 20%.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Ah!

O Sr. António José Seguro (PS): — A isso tem de juntar a única vaga de emigração que o nosso País

conheceu a seguir ao 25 de Abril.

O País conheceu duas vagas de emigração, no século passado: no final da primeira década do século XX

e nos anos 60. E conheceu essas vagas de emigração porque não havia, em Portugal, oportunidades de

trabalho, oportunidades para que os portugueses pudessem arranjar aqui o seu sustento, para si e para os

seus.

A seguir ao 25 de Abril, Portugal transformou-se num País de imigração, porque havia oportunidades para

os portugueses e para outros povos que chegaram a Portugal. Fruto da sua política de empobrecimento, Sr.

Primeiro-Ministro, Portugal conheceu a terceira vaga de emigração — e são mais de 200 000 portugueses,

portugueses altamente qualificados, que saíram do nosso País, não por opção, pois isso seria mobilidade, mas

por necessidade, fruto da sua política de empobrecimento.

Aplausos do PS.

Infelizmente, o retrato negro do País não termina aqui. Olhe-se para os números conhecidos da pobreza e

verificar-se-á que houve um aumento do número de portugueses que foram colocados em situação de pobreza

e que esse aumento também se verificou no que diz respeito à pobreza e à exclusão social.