9 DE JULHO DE 2014
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Protestos do PS e do BE.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, tem a palavra
para uma intervenção.
O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna (Fernando Alexandre): —
Sr.ª Presidente, Sr.as
Deputadas e Srs. Deputados, começando por responder à Deputada Helena Pinto em
relação à destruição de armas, gostaria de dizer que, em 2013, foram destruídas 16 500 armas e que, em
2014, já foram destruídas mais de 10 000 armas. Por isso, as forças de segurança têm feito um excelente
trabalho nessa área.
Protesto da Deputada do BE Helena Pinto.
Em relação ao papel das forças de segurança no combate à violência doméstica, gostaria de começar por
recordar que há mais de 10 anos que as forças de segurança portuguesas, a GNR e a PSP, adotam os
modelos de policiamento de proximidade, seguindo as melhores práticas internacionais, como é habitual
nestas forças de segurança, e que isso implicou uma mudança de estratégia, com efeitos quer no
recrutamento quer na formação, de forma a garantir uma estratégia de prevenção e de proteção dos cidadãos
com maior vulnerabilidade, em particular as crianças, os idosos e as vítimas de violência doméstica.
Na área da formação, gostaria de recordar que, só em 2013, mais de 9000 efetivos beneficiaram de ações
de formação na área da violência doméstica e que, para 2014, está previsto que mais de 13 000 efetivos
beneficiem dessa formação. Há mais de 70 programas de combate à violência doméstica, envolvendo
dezenas de entidades, desde hospitais, escolas, câmaras municipais, a Cáritas, a Cruz Vermelha, a AMI
(Assistência Médica Internacional), UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta).
Por isso, as forças de segurança adotaram estratégias particulares, específicas para combater este crime
que tem uma natureza muito própria e fizeram-no, como tem de ser, em cooperação com todas as entidades
que, como já foi referido, têm um papel mais direto ou indireto neste tipo de crimes.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sobre a escola e a pobreza, nem uma palavra!
A Sr.ª Presidente: — A Sr.ª Elza Pais fez sinal à Mesa para que efeito?
A Sr.ª Elza Pais (PS): — Para uma interpelação à Mesa, Sr.ª Presidente, no sentido de solicitar a
distribuição de um documento.
A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Elza Pais (PS): — Sr.ª Presidente, gostaria de juntar um documento que tem a ver com as
estatísticas da Direcção-Geral da Política de Justiça (DJPJ), que nos dá conta de que o registo do homicídio
conjugal está a ser feito por esta Direcção-Geral desde 2007,…
O Sr. José Magalhães (PS): — Oiçam: 2007!
A Sr.ª Elza Pais (PS): — … segundo dois indicadores: o sexo da pessoa, ou seja, quem mata quem, se
são homens ou mulheres, e o tipo de homicídio.
A Sr.ª Presidente: — Está claro, Sr.ª Deputada.