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I SÉRIE — NÚMERO 103

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A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Estou mesmo a concluir, Sr.ª Presidente.

Deslealdade, dizia, para com os grupos empenhados num esforço sério de concertação.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Deslealdade?! Agora não se pode discutir?!

A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Mas, mais grave do que isso, grave deslealdade para com aquelas e

também aqueles que são vítimas deste tipo de violência, que reclamam esforços sérios na resolução deste

problema e não atos isolados de egoísmo e egocentrismo político-partidário.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Não vale tudo em política. Não pode valer tudo em política.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do PS.

Sr.ª Deputada Isabel Moreira, tem a palavra.

A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Secretária de Estado, Srs. Secretário de

Estados, Sr.as

e Srs. Deputados, já agora, faço uma primeira correção em relação ao que disse a Sr.ª

Secretária de Estado sobre o nosso projeto.

A indignidade já está prevista, mas, não havendo contrainteressados, como sabe, ela não é decretada e,

portanto, eles continuam a herdar. Ora, o que o projeto pretende é que o juiz possa atuar quando não haja

contrainteressados.

Aplausos do PS.

Queria apenas dizer que o debate de hoje é muito importante, porque ele é importante todos os dias.

A Sr.ª Ministra dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade: — Exatamente!

A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Portanto, não queria contribuir para o perigo de este debate criar

alarme na sociedade.

Nesse sentido, os apelos feitos por várias pessoas para este não ser um debate de confronto, para não ser

um debate de «apontar o dedo», obviamente, caíram por terra, até por aqueles que fizeram esse mesmo

pedido porque acabamos por nos mover assim no âmbito de um Plenário.

Queria aproveitar esta oportunidade para prestar uma homenagem sentida às mulheres que perderam a

vida às mãos dos seus companheiros e maridos, que as têm como propriedade privada.

Queria reconhecer a importância e a justiça de uma discriminação positiva das vítimas de violência

doméstica e de violência contra as mulheres.

Queria aproveitar o debate apenas para pedir consenso relativamente à necessidade de introduzir uma

disciplina de educação cívica, não obstante a importância enorme que dou às campanhas que a Sr.ª

Secretária de Estado tem promovido, porque a violência contra as mulheres tem como fundamento uma

sociedade patriarcal que discrimina e educa para a manutenção desses quadros referenciais.

Portanto, é essencial introduzir uma disciplina em que os valores da República, os valores da igualdade,

seja no género, seja na área da orientação sexual, seja nas etnias, sejam respeitados para não termos futuros

adultos sexistas, homofóbicos ou racistas. Isto é essencial e é um dia importante para pedir consenso quanto

a esta matéria.

Não vou aproveitar o debate para anunciar medidas, mas penso que chegaremos facilmente a consensos,

por exemplo, em matérias como a dos testemunhos para memória futura,…