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9 DE OUTUBRO DE 2014

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PCP.

A nossa solução é sempre uma solução de acordo com a lei.

Deixo uma palavra final para as escolas, para os professores e para os pais: a partir da próxima semana,

nas escolas e nas turmas onde houve atrasos no início das aulas derivados deste erro da administração

escolar central, vamos proceder a um levantamento, com os diretores, das horas letivas não dadas e, em

função da realidade de cada escola, desencadear os mecanismos apropriados de compensação pedagógica.

Mas o processo teve de chegar até ao fim.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — A partir da próxima semana, os senhores deveriam estar todos demitidos!

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Educação: O que nos diz aqui é que ainda não

sabe quando é que o ano estará em normalidade. Não sabe, para a semana… Quando veio a este Parlamento

fazer o episódio da mea culpa também disse que era para a semana.

Não tem ainda uma data fixada, não sabe dizer quando é. Vai desencadear, para a semana, discussões

com as direções das escolas para ver mecanismos de compensação. Quais são as garantias acerca desses

mecanismos de compensação? Não disse hoje, aqui.

Também não disse hoje, aqui, o que é que vai fazer quanto ao que o Sr. Secretário de Estado da

Administração Escolar confirmou. É que, no final, vão ser despedidos 100 professores, que tinham um contrato

que foi anulado, e diz-nos que vai fazer uma negociação de tipo arbitral. Porque é que, unilateralmente, o

Ministério não fixa as indemnizações ou outro tipo de compensação? Por que motivo vai arrastar no tempo

uma solução desse género?

Hoje, o Sr. Ministro da Educação não deu garantias efetivas, não trouxe nada de novo e vamos continuar a

ver arrastar-se penosamente a anormalidade, a anormalidade e a anormalidade do início deste ano letivo.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para mais uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, registei as suas palavras desta

última intervenção e quero dizer-lhe que não há nada quem pague a instabilidade criada na vida de tantos

professores, que pensam, hoje, que a sua vida é uma coisa e, amanhã, veem que está tudo destruído.

Sr. Ministro, peço-lhe, por favor, que não se esqueça de uma coisa: estas pessoas tinham contrato por um

ano letivo. O Sr. Ministro não comece a inventar compensações de algumas despesas feitas durante um mês,

de algumas coisas mais pequenas que tiveram peso na vida das pessoas.

Não se esqueça disto: estas pessoas tinham contrato por um ano. Era esta a expetativa que as pessoas

tinham.

Portanto, agora não comece a minguar, a minguar, a minguar as contas de modo a que as pessoas fiquem

mesmo prejudicadas.

Sr. Ministro, quero também dizer-lhe que está em tempo de retirar completamente aquela absoluta

anomalia, que foi ter repetido até à exaustão que o ano letivo tinha iniciado com normalidade.

Sr. Ministro, está é sua normalidade! Esta é a incompetência do Ministério da Educação e é com isto que

todos os agentes educativos se deparam todos os dias.

Por uma razão ou por outra, o certo é que este Governo tem um objetivo: definhar a escola pública em prol

do ensino privado! E definhar a escola pública é quebrar uma relação contratual e de confiança com todos os

seus agentes, e isto é absolutamente inadmissível!