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I SÉRIE — NÚMERO 15

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O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Mónica Ferro (PSD): — No respeito inteiro por essas competências, foram inquiridas e esclarecidas

questões que há uma década eram tema de polémica, e foram encontrados factos que revelam a verdade e a

cronologia da atuação do Estado nestas matérias. Houve lugar para uma reflexão profunda sobre a forma

como, ao longo destas duas últimas décadas, os equipamentos militares eram adquiridos, financiados e as

suas contrapartidas negociadas.

Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr.as

Deputadas: Permitam-me que agradeça ao Presidente da Comissão

pela forma como conduziu os trabalhos. Permitam-me que agradeça a todos os Deputados e Deputadas que

colaboraram, ao longo de 60 reuniões, no apuramento destes factos. E permitam-me, ainda, que agradeça aos

serviços da Assembleia da República o empenho, o esforço e a competência com que acompanharam os

trabalhos do relatório e neles corporize a minha gratidão a todos os que me ajudaram nesta tarefa.

Gostaria, ainda, de destacar que o enorme acervo documental, os vídeos e as atas das audiências, se

encontram disponíveis para consulta. O que ainda não está disponível, cremos que em breve o estará na

página do Parlamento dedicada a esta Comissão. A transparência foi uma imagem de marca desta Comissão

e é uma imagem de marca deste Parlamento.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Mónica Ferro (PSD): — Espero que o documento reflita as questões essenciais levantadas em torno

dos sete programas, igualando o espírito com que foram debatidas na Comissão e fazendo jus às provas

realizadas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo, do Bloco de

Esquerda.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Permitam-me que comece esta

intervenção com uma ironia — o Parlamento vai dar hoje por acabado um inquérito inacabado! E digo esta

ironia porque é, talvez, a melhor forma de resumir aquilo que se passou durante a vigência desta Comissão e

aquilo que suponho que sobre este assunto se vai passar a seguir.

Um inquérito inacabado, um relatório viciado, como o Partido Socialista, o Partido Comunista Português e o

Bloco de Esquerda chamaram à atividade desta Comissão e ao relatório que ela aprovou.

Um inquérito inacabado, porque muitas perguntas a que queríamos e devíamos responder continuam sem

resposta.

Administradores do consórcio que vendeu os submarinos e outros seus colaboradores foram condenados

na Alemanha por corrupção. Quem foi corrompido em Portugal? Continuamos sem saber.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. João Semedo (BE): — Quem tem, onde estão os documentos do leilão bancário que escolheu o

consórcio que financiou a compra dos submarinos, o mesmo que integrou o Banco Espírito Santo? Quem tem

esses documentos? Continuamos sem saber.

O que recomendou a escolha da Escom, empresa do Grupo Espírito Santo, empresa especializada em

projetos de investimento em África, a assessorar o fabricante nas contrapartidas que envolviam empresas

nacionais situadas em Portugal? Continuamos sem saber.

Para além da família Espírito Santo, a que outras mãos foram parar os muitos milhões de euros pagos

pelos alemães à Escom? Continuamos sem saber.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Bem lembrado!