I SÉRIE — NÚMERO 20
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Decreto-Lei n.º 70/2010. Onde o Orçamento do Estado para 2015 agrava a pobreza, o PCP apresenta
medidas de progresso e justiça social.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Sobre o artigo 116.º — Congelamento do valor nominal das pensões, tem a palavra o
Sr. Deputado João Figueiredo.
O Sr. João Figueiredo (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Este
é, efetivamente, um Orçamento que representa a recuperação de rendimentos por parte dos portugueses.
Poderão sempre afirmar que se está a repor aquilo que foi tirado. Sim, todos sabemos isso e todos sabemos
por que é que isso foi feito.
Este Orçamento representa responsabilidade e rigor nas contas públicas — nas contas públicas atuais e
nas contas públicas para o futuro.
A situação dramática que este Governo herdou não lhe retirou a sua preocupação humanista e solidária.
Este Governo tudo tem feito para não deixar ninguém para trás. O aumento das pensões mínimas, sociais e
rurais é disso um flagrante exemplo. Trata-se do quarto aumento consecutivo…
Protestos da Deputada do PS Isabel Santos.
Recomendo aos Srs. Deputados do Partido Socialista que tenham prudência no ânimo, tento na língua e
vergonha na cara.
Aplausos do PSD.
Protestos do PS, batendo com as mãos nos tampos das bancadas.
Como dizia, trata-se do quarto aumento consecutivo, favorecendo o aumento real dos rendimentos de mais
de 1 milhão de portugueses. Estamos a falar de 36% dos pensionistas, que verão as suas pensões
aumentadas.
As pensões mínimas, sociais e rurais serão aumentadas, em 2015, mais do que 0,3%. Nunca é demais
lembrar que no último Orçamento socialista — com tanta sensibilidade social que os senhores apregoam e
que ainda agora estavam a repetir mas que, na hora, não praticam — estas pensões tinham sido congeladas.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. João Figueiredo (PSD): — Por isso, é importante lembrar que a solidariedade do Governo, e,
sobretudo, a preocupação com aqueles que menos têm, está bem patente no Orçamento do Estado para
2015.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Inscreveu-se, para exercer o direito de defesa da honra da bancada, a Sr.ª Deputada
Isabel Santos, do PS.
Antes de lhe dar a palavra, gostaria de dizer o seguinte: durante o debate desta manhã, não só nesta
última intervenção mas também numa outra anterior, houve um excesso de uso de palavras menos
adequadas.
Srs. Deputados, apelo sempre à autorregulação do orador. A Mesa não tem aqui um paternalismo
autoritário sobre o conteúdo das intervenções dos Deputados, mas pede a colaboração no sentido de,
dignificando o debate, não fazer o uso de palavras que são desnecessárias ao enriquecimento das
intervenções.