21 DE NOVEMBRO DE 2014
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Estive para dizer isso numa anterior intervenção, mas tive a esperança de que esses excessos não se
repetissem. Nesse sentido, aproveitei, agora, esta oportunidade para dizê-lo.
Vou, então, dar a palavra à Sr.ª Deputada do PS, para a defesa da honra da bancada, mas não sem antes
dizer que hoje já não é a primeira vez que há um excesso de uso de palavras menos adequadas.
Tem a palavra, Sr.ª Deputada Isabel Santos.
A Sr.ª Isabel Santos (PS): — Sr.ª Presidente, o meu pedido de palavra tem exatamente a ver com o
episódio a que a Sr.ª Presidente acaba de aludir.
Sr.ª Presidente, percebemos perfeitamente o calor do debate parlamentar. Não é, contudo, aceitável, seja a
que título for, a expressão que foi usada pelo Sr. Deputado. E registo, desde já, a referência feita pela Sr.ª
Presidente. Num Parlamento democrático, não se pode tentar calar desta forma seja quem for. E a
expressão…
O Sr. João Figueiredo (PSD): — Quem interrompeu o orador foi a Sr.ª Deputada!
A Sr.ª Isabel Santos (PS): — Quem não aguenta com apartes parlamentares, não pode estar no
Parlamento. Faz parte da tradição parlamentar. Se o Sr. Deputado não aguenta um aparte parlamentar, não
pode ser Deputado.
Por isso, Sr.ª Presidente, solicitava a intervenção que já fez, no sentido de se evitar este tipo de incidentes
no futuro e, sobretudo, de não se utilizar este tipo de expressões da forma que foram utilizadas, procurando
silenciar, de forma absolutamente desrespeitosa e inadequada, um outro Deputado.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada, aceito a sua interpelação, mas tenho de repor a justiça das coisas e
dizer que foi a bancada do PS que, numa intervenção anterior, também se excedeu na forma de expressão.
Aplausos do PSD.
Tenho de repor a justiça, Sr.ª Deputada.
Dado que se tratou de uma defesa da honra, vou dar agora a palavra ao Sr. Deputado João Figueiredo,
para dar explicações, mas peço aos Srs. Deputados que sejam breves e não explorem estes incidentes.
Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. João Figueiredo (PSD): — Sr.ª Presidente, muito calmamente e, sobretudo, muito
responsavelmente, quero repetir o que referi. Assim, pedia aos Srs. Deputados do Partido Socialista prudência
no ânimo, tento na língua e vergonha na cara.
Protestos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, não deve defender a honra repetindo aquilo que evidentemente parece
excessivo.
O Sr. João Figueiredo (PSD): — Sr.ª Presidente, quero só dizer que, quando o Partido Socialista faz as
suas afirmações, tudo é permitido, e desrespeito foi aquilo que o Partido Socialista fez, com a sua governação,
ao País.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Ferro Rodrigues, pede a palavra para que efeito?