22 DE NOVEMBRO DE 2014
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A Sr.ª Presidente: — Ainda sobre o tema das taxas moderadoras — artigo 153.º —, inscreveu-se a Sr.ª
Deputada Paula Santos, do PCP.
Faça favor.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, o PCP apresenta neste debate três
propostas concretas na área da saúde: uma primeira, para revogar as taxas moderadoras e garantir a
acessibilidade de todos aos cuidados de saúde; uma segunda, para garantir o transporte de doentes não
urgente a todos aqueles que necessitem para terem acesso aos cuidados de saúde; e uma terceira, que
também queremos aqui destacar, que é a reversão do processo de transferência dos hospitais do Serviço
Nacional de Saúde para as misericórdias.
São três propostas que vão no sentido de salvaguardar o Serviço Nacional de Saúde, público e de
qualidade para todos os cidadãos, e também de assegurar a acessibilidade dos cidadãos aos cuidados de
saúde.
É importante que se diga aqui, para que não haja dúvidas, que quem aumentou brutalmente as taxas
moderadoras foi este Governo, que as duplicou — e, em alguns casos, até as triplicou — e que introduziu
taxas moderadoras relativamente a cuidados de saúde para os quais não estavam previstas.
Por isso, do que estamos a falar, neste momento, é de taxas que impedem, que criam obstáculos no
acesso aos cuidados de saúde — e isto é dito também pelos médicos. É que a falta às consultas e o
abandono das terapêuticas tem a ver com a falta de condições e também com a aplicação de taxas
moderadoras, que não moderam mas impedem o acesso.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Ainda sobre o artigo 153.º, tem a palavra, de novo, a Sr.ª Deputada Maria Antónia
Almeida Santos, do PS.
A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Sr.ª Presidente, uma vez que o Sr. Secretário de Estado
me interpelou diretamente, gostaria só de ler o artigo em discussão. Diz o artigo 153.º que, no ano de 2015, a
atualização só é — repito, só é — aplicável no caso de ser negativa a taxa da inflação.
Se isto não é uma incerteza, o Sr. Secretário de Estado vai explicar-me como é que tem a certeza de que a
inflação não vai ser negativa.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, avançamos para o artigo 160.º — Financiamento do Programa de
Emergência Social e do apoio social extraordinário ao consumidor de energia.
Inscreveu-se a Sr.ª Deputada Teresa Santos, do PSD.
Tem a palavra.
A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Sr.ª Presidente, começo por cumprimentar os Srs. Membros do Governo.
Caros Colegas, ter sensibilidade social é proteger aqueles que mais precisam.
O Programa de Emergência Social é o rosto da grande sensibilidade social deste Governo, no combate
sustentado à pobreza e no reforço da inclusão e coesão sociais, para os milhares de portugueses que dele
beneficiam, desde que este Governo iniciou funções.
No total dos quatro Orçamentos, o investimento neste Programa de Emergência Social já ronda os 1000
milhões de euros, empregues no apoio às famílias, aos idosos, às instituições, ao voluntariado e à deficiência.
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem!