I SÉRIE — NÚMERO 21
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A Sr.ª Teresa Santos (PSD): — Apesar de o País já ter recuperado a sua economia, o Governo continua
com preocupação social, não é indiferente às dificuldades que ainda se fazem sentir junto da população mais
vulnerável.
Neste sentido, e à semelhança de anteriores Orçamentos, o Orçamento do Estado para 2015 prevê a
continuação do financiamento, no montante de 251 milhões de euros, do Programa de Emergência Social e do
apoio social extraordinário ao consumidor de energia.
Esta é mais uma medida em que o Governo pretende reforçar a proteção social aos mais desfavorecidos,
aumentando, especificamente para mais de meio milhão de portugueses, as reduções nos custos da energia.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Não havendo mais inscrições, passamos à apreciação das propostas apresentadas
pelo Bloco de Esquerda, de um artigo 160.º-A, que altera o n.º 4 do artigo 14.º, de um artigo 160.º-A, que adita
um n.º 5 ao artigo 7.º, e de um artigo 160.º-A, que adita os n.os
8 e 9 e substitui o atual n.º 8, que passa a n.º
10, do artigo 14.º, constantes do Decreto-Lei n.º 176/2003, de 2 de agosto, com as alterações posteriores, bem
como a proposta, também do Bloco de Esquerda, de um artigo 160.º-B — Reposição do abono de família.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.
A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, no momento em que comemoramos 25 anos sobre a
Convenção dos Direitos da Criança, em Portugal um terço das crianças é pobre. Temos de agir e já!
A pobreza infantil combate-se com emprego e salários dignos para as suas famílias, mas também com
medidas de emergência.
O Bloco propõe a reposição do abono de família, propõe que o abono de família e a ação social escolar
cheguem a todas as crianças que estão na escola pública, independentemente da nacionalidade, e propõe
que nenhuma criança fique à espera pelos tempos burocráticos para aceder à ação social escolar de que
precisa.
Uma criança que precisa já de manuais, que precisa já de passe social, que precisa já de refeições
escolares, que precisa já de apoio não pode ficar à espera. São precisos processos automáticos para apoio à
emergência infantil.
Precisamos de agir já!
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Passamos ao artigo 161.º — Transferência de IVA para a segurança social.
Tem a palavra o Sr. Deputado Artur Rêgo, do CDS-PP.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP). — Sr.ª Presidente, queria salientar, muito brevemente, que este artigo dá
sequência a uma política do Governo de apoio às IPSS, instituições de solidariedade social, que vem de
anteriores orçamentos.
Anteriormente, já tinham sido feitas alterações a nível fiscal, nomeadamente no IRC, para apoiar essas
instituições, o que redundou numa poupança de dezenas de milhões de euros que essas instituições puderam
depois aplicar na sua atividade direta, que é o apoio às pessoas e famílias mais carenciadas. Esta medida, de
fundamental importância, completa todo esse pacote de benefícios fiscais tendentes a apoiar essas
instituições.
A este propósito, gostaria de dizer que não só se agiu na área fiscal como também, como já foi aqui
recordado, na área do plano de emergência social, foram despendidos mais de 1000 milhões de euros a
apoiar essas instituições, a criar programas de apoio às famílias, desde as cantinas sociais às farmácias
sociais, às creches sociais, ao alargamento das vagas em creches sociais.
Gostaria de dizer a quem diz que este Governo desinvestiu na área social que este Governo já investiu
nessa área mais de 2000 milhões de euros, tendo, inclusive, reforçado este ano a verba de ação social em
mais de 50 milhões de euros. Gostaria que essas pessoas comparassem os números deste Governo com os