I SÉRIE — NÚMERO 27
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acho que temos esse direito — e, por outro lado, que proceda ao levantamento dos edifícios antigos que é
necessário adaptar para efeitos de mobilidade dos cidadãos.
Julgo que a Assembleia da República, em conjunto, todas as bancadas têm até o dever, e naturalmente o
direito, de solicitar isso ao Governo, por via da aprovação do projeto de resolução que Os Verdes aqui
apresentam.
Sr.ª Presidente, não sei se terei necessidade de o fazer por escrito, mas queria solicitar a votação em
separado de todos os pontos (são apenas três) do projeto de resolução de Os Verdes.
A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada, não é necessário requerer por escrito, pois as bancadas darão
anuência a essa forma de votação.
Srs. Deputados, concluído o debate do último da ordem do dia, vamos entrar no período regimental de
votações.
Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum, utilizando o cartão eletrónico.
Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não o puderem fazer terão de o sinalizar à Mesa e depois
fazer o registo presencial, para que seja considerada a respetiva presença na reunião.
Srs. Deputados, entretanto, o Sr. Secretário vai fazer o anúncio de alguns diplomas que entraram na Mesa.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e foram
admitidas, as seguintes iniciativas legislativas: projetos de resolução n.os
1167/XII (4.ª) — Recomenda ao
Governo que reconheça o Estado da Palestina (BE), que baixa à 2.ª Comissão, 1168/XII (4.ª) — Pelo
cumprimento do direito ao acompanhamento médico gratuito aos trabalhadores da ENU, incluindo a isenção
das taxas moderadoras (BE), que baixa à 9.ª Comissão, e 1173/XII (4.ª) — Recomenda ao Governo que
reconheça o Estado da Palestina em coordenação com a União Europeia (PSD, PS e CDS-PP), que baixa à
2.ª Comissão.
É tudo, Sr.ª Presidente
A Sr.ª Presidente. — Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 204 presenças, às quais se acrescentam
5 (Deputados do PSD José de Matos Rosa e Luís Menezes, Deputados do PS Alberto Costa e Glória Araújo e
Deputado do PCP António Filipe), perfazendo 209 Deputados, pelo que temos quórum para proceder às
votações.
Srs. Deputados, passamos ao voto n.º 231/XII (4.ª) — De pesar pelo falecimento do Engenheiro José
Sousa Veloso (PSD e CDS-PP), que vai ser lido pelo Sr. Secretário.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«José Carlos Souto Sousa Veloso nasceu a 1926, em Lisboa, tendo falecido a 27 de novembro de 2014,
aos 88 anos de idade.
Figura marcante do século XX no nosso País, o Engenheiro José Sousa Veloso foi um dos rostos mais
conhecidos dos portugueses pelo seu programa televisivo semanal, o TV Rural, que esteve no ar mais de três
décadas dedicado à agricultura e ao mundo rural.
Licenciou-se em engenharia agronómica no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de
Lisboa em 1954 e trabalhou como agrónomo no Ministério da Agricultura durante alguns anos. Foi
posteriormente convidado, como técnico do Ministério, para colaborar com a televisão pública num programa
especializado em agricultura, como existia em vários outros países europeus.
A 6 de dezembro de 1960 começou a ser transmitido o TV Rural, programa de televisão cuja missão era
divulgar e promover a evolução da agricultura portuguesa, bem como a sua compreensão pelo meio urbano,
em forte expansão e crescimento. Foi o início de uma longa relação, que marcou definitivamente a sua vida, a
dos portugueses e a da televisão em Portugal.
Em 1963, o seu trabalho foi reconhecido com o Prémio Imprensa.
Até 1990, durante 30 anos consecutivos e com cerca de 1600 edições, o Engenheiro José Sousa Veloso foi
o apresentador do TV Rural, programa de televisão que se confundiu com a sua pessoa, tendo-se tornado
ainda seu autor, produtor e realizador.