13 DE DEZEMBRO DE 2014
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ter, hoje, estas taxas de juro? Alguém acredita que isso era possível? Onde é que está a negação, Sr.as
e Srs.
Deputados?
Os senhores deixaram o País no mercado, pedindo ajuda, com taxas de 10% — repito, com taxas de 10%.
Elas, hoje, estão abaixo de 3%. Onde é que está a negação, Srs. Deputados?
Hoje, felizmente, temos a economia do nosso País a crescer. Vai crescer em 2014, vai crescer em 2015 e
até vai crescer mais do que a média da zona euro.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — É verdade!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Srs. Deputados, se juntarmos a isto todos os indicadores, de clima
económico, de confiança dos consumidores, de constituição de novas empresas, de decréscimo das
insolvências, que é aquilo que está a acontecer na economia real… Estão a criar-se mais empresas do que se
criaram nos anos anteriores…
O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Quais?!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … e, felizmente, há menos falências do que havia nos anos anteriores,
Srs. Deputados.
Mas isto é objetivo, são números, é a realidade objetivada. Isto não são opiniões, são os números que o
dizem, Sr.as
e Srs. Deputados!
O mesmo acontece nas exportações. O ano 2013 foi o melhor ano de sempre do ponto de vista da nossa
capacidade exportadora e, mesmo acima do melhor ano de sempre, 2014 está a ser um ano em que temos
conseguido manter uma trajetória de crescimento das nossas exportações.
E vamos falar de desemprego. O desemprego está a diminuir, Srs. Deputados, e o emprego está a
aumentar. Aliás, ainda hoje o Eurostat o comprovou de forma inequívoca e a um nível bem mais elevado do
que a grande maioria dos países da União Europeia.
Dizem os Srs. Deputados: «Ah, mas é emprego precário. São estágios, são contratos de trabalho a
termo…». Deixem-me dizer-vos o seguinte: é verdade que um contrato de trabalho sem termo é melhor do que
um contrato de trabalho a termo e também é verdade que é melhor um contrato de trabalho do que um
estágio. Mas há uma coisa que é pior do que isto tudo, que é estar desempregado! Não há maior precariedade
do que estar desempregado, Srs. Deputados!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS e do PCP.
Os Srs. Deputados são contra os estágios profissionais? Os Srs. Deputados não conseguem perceber que
o acesso ao mercado de trabalho, a porta de entrada no mercado do trabalho, potencia, de facto, o acesso a
um emprego?
O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Isso é outra coisa!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os Srs. Deputados não são capazes de reconhecer que, mesmo assim,
70% desses estágios dão origem à criação de um emprego, precisamente porque são uma porta de entrada?
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E mesmo aqueles desempregados que têm acedido a programas e a
estímulos do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, nomeadamente junto de autarquias… Os Srs.
Deputados gostam muito de dizer que conhecem a realidade do dia a dia dos portugueses e, porque nos
acontece a todos, também temos familiares e amigos que estão desempregados, pergunto-vos: os senhores
acham que alguém que está desempregado está melhor em casa do que numa autarquia ou numa IPSS a