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13 DE DEZEMBRO DE 2014

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O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — É um oásis!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não é um «oásis», Sr. Deputado Ferro Rodrigues, mas vou dizer-lhe

que Portugal foi um exemplo de coragem, de justiça e de equidade social no ajustamento.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não tenha dúvidas, e este relatório da OCDE também o demonstra.

Mas é evidente — e termino — que o Partido Socialista tem, hoje, outras inspirações e, enfim, está muito

concentrado naquilo que é, por exemplo, a governação do Sr. Renzi, em Itália. Se calhar, a sensibilidade do

Partido Socialista era a de que, em Portugal, tivéssemos ido tão longe na nossa reforma laboral como está a ir

a Itália. Era isso que o Partido Socialista queria.

O Sr. António Rodrigues (PSD): — Bem recordado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É uma boa oportunidade para o Partido Socialista poder adequar o seu

discurso à realidade. O Partido Socialista concorda com a reforma laboral italiana? Acha que é mais justa e

mais eficaz para a economia do que a nossa?

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Boa pergunta!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O que tem o Partido Socialista a dizer sobre os 4,5 mil milhões de euros

de austeridade extra que o Governo italiano acabou de aprovar?

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Já não temos tempo para responder!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.as

e Srs. Deputados,…

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … vou concluir reiterando que, de facto, os dias que percorremos não

foram fáceis, foram, antes, difíceis, mas quem está verdadeiramente em negação — porque não viu aquilo que

fez quando foi Governo e não vê aquilo que o País tem conseguido fazer, agora que está na oposição — é, de

facto, o Partido Socialista.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, queria responder à questão

que suscitou quanto às taxas de juro.

O Sr. Deputado perguntou se seria possível ter taxas de juro tão favoráveis se tivéssemos seguido outras

opções ou se tivéssemos prosseguido outras políticas. Lembrei-me de consultar as taxas de juro atuais de

alguns países europeus e fui ver o que estava a passar-se com a Grécia.

Nesta altura, a Grécia está com taxas de juro a 10 anos de 9,157%.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Esta até é uma boa semana para isso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Há cinco meses, a Grécia estava com taxas de juro de 5,85%. Isto é

importante porque a Grécia, como todos os países da periferia, tem beneficiado de dois fatores muito

importantes. Primeiro, termos conseguido apresentar, em termos europeus, soluções que tornam o euro mais