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19 DE MARÇO DE 2015

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falta de ética e em deslealdade e parece-me que são termos obviamente fortes que não posso deixar passar

sem dar um esclarecimento.

Aquilo que ficou acordado em Conferência de Líderes — e a Sr.ª Presidente, certamente, recordar-se-á —

foi desagendar matérias da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira,…

O Sr. António Filipe (PCP): — E não só!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … porquanto não fazia sentido debatê-las, uma vez que a

Assembleia já estava em meros atos de gestão, e não permitir o agendamento de um projeto de resolução ou

de um projeto de lei, enfim, de uma iniciativa legislativa do Partido Socialista.

Aquilo que se passou aqui é completamente diferente,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Não tem nada a ver!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … ou seja, é uma declaração política de um Deputado sobre

economia, onde fala numa matéria que interessa ao círculo eleitoral pelo qual foi eleito. É que se não é assim,

então, chegamos já aqui a um entendimento: fica, a partir de hoje, qualquer parlamentar inibido de fazer

declarações políticas regionais.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Claro!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Portanto, acho que é preciso ter algum cuidado, quando usamos

palavras como «deslealdade», porque não há deslealdade nenhuma. Não houve agendamento nenhum de

qualquer iniciativa legislativa e foi isso, tão-somente isso, que ficou combinado.

No uso da sua liberdade, o Deputado Rui Barreto, que, de resto, estava escalado há bastante tempo para

fazer uma declaração política, falou de economia, falou de turismo, falou do salário mínimo nacional e

entendeu falar do Centro Internacional de Negócios da Madeira. Acho que é uma matéria nacional e é

importante,…

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — É chico-espertismo!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … se o PCP não o entende, tem todo o direito de não o entender,

mas parece-me que quem faz as nossas declarações políticas ainda é o CDS e não o PCP.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Nuno Magalhães, como há inscrições para uso da palavra, creio que a

propósito deste seu pedido à Mesa, vou interpretar a sua intervenção como uma defesa da honra da bancada.

Poderei interpretar assim?

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não, não!

A Sr.ª Presidente: — Mas vai haver aqui um diálogo e vou dar oportunidade aos Srs. Deputados para se

expressarem.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Sr.ª Presidente, permite-me…

A Sr.ª Presidente: — Pede a palavra para que efeito, Sr.ª Deputada?

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos trabalhos, Sr.ª

Presidente.