O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 DE MARÇO DE 2015

23

O Sr. Rui Barreto (CDS-PP): — Muito obrigado, Sr.ª Presidente.

Quero dizer ao Sr. Deputado António Filipe, do Partido Comunista Português, que aquilo que acabou de

reler, o relatório da Conferência de Líderes, fala em iniciativa legislativa. Eu não apresentei aqui nenhuma

iniciativa legislativa, fiz uma declaração política sobre temas nacionais, porque, quer queira quer não, a

Madeira também faz parte do território nacional, e nela inclui duas matérias que foram negociadas pelo

Governo português em Bruxelas.

Portanto, tenho essa legitimidade,…

O Sr. António Filipe (PCP): — Não precisa de arranjar desculpas!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não são desculpas, é como é! O senhor é que devia pedir desculpa!

O Sr. Rui Barreto (CDS-PP): — … o Sr. Deputado sabe que tenho essa legitimidade e que a declaração

que fiz não tem nada do caminho ou da deriva que aqui quis deixar.

Mas se o Sr. Deputado acha que eu estive aqui a fazer uma intervenção de campanha, convido-o a ir à

Madeira e vai ver lá o teor das minhas declarações em campanha…

O Sr. António Filipe (PCP): — Não preciso que me convide!

O Sr. Rui Barreto (CDS-PP): — … e vai ter a noção da diferença entre as intervenções que faço aqui e as

que faço lá.

O Sr. António Filipe (PCP): — Também não duvido de que deve ser muito diferente!

O Sr. Rui Barreto (CDS-PP): — Contudo, gostaria de lhe dizer — aliás, o Sr. Deputado não quer dizer,

mas sabe — que a consequência do plano de ajustamento aqui, em Portugal, e que foi estendido às regiões

autónomas é uma consequência da dívida de Governos do Partido Socialista.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Rui Barreto (CDS-PP): — O plano de ajustamento, a condicionalidade, aquilo que foi imposto para

anular desequilíbrios orçamentais e que tivemos durante três anos mas que nos livrámos a 17 de maio de

2014 foi uma consequência do plano de ajustamento assinado pelo Partido Socialista, a que se adicionou um

plano de ajustamento na Madeira.

Dou-lhe um exemplo, Sr. Deputado: por que é que numa região não persiste o diferencial fiscal e noutra

persiste? O Sr. Deputado sabe porquê! Porque o Governo Regional da Madeira teve de pedir um resgate e ao

pedir o resgate tinha de ficar sujeito a essa condicionalidade que foi imposta também aqui, a nível nacional.

Do que eu gostaria era que na Madeira tivéssemos o diferencial fiscal. Vivemos numa região autónoma, e

no Porto Santo ainda é pior, como o Sr. Deputado também sabe, porque lá vai algumas vezes.

Por isso, o que temos de fazer é encontrar medidas e soluções para que possamos devolver esse

diferencial fiscal e a qualidade de vida às pessoas que já a tiveram no passado.

Respondendo ao Sr. Deputado Jacinto Serrão, devo dizer que sempre assumi as consequências e nunca

votei favoravelmente nenhum Orçamento do Estado. Estou muito à vontade sobre isso e o Sr. Deputado sabe-

o.

O Sr. Deputado é que noutros tempos e noutras alturas em que se aprovavam diplomas na República que

prejudicavam a Madeira e os madeirenses se colocou de um lado, e os madeirenses sabem-no.

Protestos do PS.

Sr. Deputado, o caos?! O caos foi o PS ter governado tanto tempo!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!