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10 DE ABRIL DE 2015

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A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Sr. Deputado Pedro Nuno Santos, o Sr. Deputado fala dos

números do desemprego. Os números do desemprego naturalmente preocupam o Governo. Aliás, temos dito

muitas vezes que o desemprego tem de ser a nossa maior preocupação, porque é claramente aquilo que mais

preocupa os portugueses.

Sabemos também que o emprego não se cria por decreto nem prometendo em campanha eleitoral 150 000

empregos, porque eles, depois, não acontecem, como nós, aliás, vemos.

O Sr. António Filipe (PCP): — Vá dizer isso aos chineses!

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — O emprego cria-se com a criação de riqueza!

Os Srs. Deputados também diziam, creio que era o Sr. Deputado Miguel Tiago, que estamos a querer

convencer os portugueses de que já só falta um bocadinho. Sr. Deputado, quem dera que só faltasse um

bocadinho!

Na verdade, ainda falta bastante, porque o problema que foi criado no País era, de facto, muito grande.

Conseguimos estabilizar, inverter a tendência, mas é preciso continuar o esforço. Não estamos a dizer que

vamos ter de impor novos sacrifícios mas temos de dizer que a recuperação terá de ser cautelosa,…

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Mas qual recuperação?!

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: —… a recuperação não pode nunca levar a uma situação em

que voltemos a cair no mesmo.

Os Srs. Deputados poderão verificar que cada vez que caímos numa crise ela é pior que as anteriores e

quem sofre são sempre os mesmos, são os portugueses. É responsabilidade nossa garantir que aquilo que

formos melhorando seja feito de forma responsável e as pessoas percebem que quando recuperamos de uma

situação muito difícil temos de o fazer com cautela para garantir que não voltamos atrás.

Quando o Sr. Deputado diz que está muito preocupado com o desemprego, devo dizer, sobre a questão do

desemprego, ou da falta de criação de emprego, que é verdade que o desemprego continua a descer em

termos homólogos e é verdade que nos últimos meses tivemos uma subida do desemprego, mas nunca o Sr.

Deputado me ouviu dizer que isto agora ia sempre melhorar, sem qualquer sobressalto.

Aliás, eu já disse várias vezes que vamos ter alguns sobressaltos e que o caminho não será fácil, e isso é o

que se exige de Governos responsáveis, ou seja, que reconheçam que o caminho tem dificuldades, que

reconheçam que vai haver momentos em que as coisas correm menos bem, mas o que importa é avaliar a

tendência.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Ministra.

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: — Termino já, Sr.ª Presidente.

Gostava também que o Sr. Deputado Pedro Nuno Santos me explicasse por que é que durante o Governo

socialista, numa primeira fase, com um suposto crescimento económico, quando tudo corria bem à volta, o

desemprego aumentou sempre. Nessa altura o Sr. Deputado não estava preocupado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Ministros e Srs. Secretários de Estado, Sr.as

e Srs.

Deputados, a Sr.ª Ministra referiu-se aqui algumas vezes à necessidade da disciplina orçamental e também à

estabilidade das contas públicas.

Quero começar por elogiar o Governo pelo esforço que foi feito para conseguir esta estabilidade das

finanças públicas, porque esta não é uma palavra vã, tem repercussões extraordinárias no País. Uma das

repercussões que tem é, nomeadamente, a sustentabilidade do Estado social.