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I SÉRIE — NÚMERO 71

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Vera Rodrigues.

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: A verdade é que este debate

começou num tom relativamente morno, mas, de facto, é difícil ficar indiferente a algumas das acusações que

aqui ouvimos.

O PCP traz aqui hoje um debate sobre a troica e faz-me lembrar — todos nós, certamente, já tivemos essa

experiência — quando estamos parados num semáforo e, de repente, há aqueles condutores mais distraídos

que, perante o semáforo que passa de vermelho a verde, ficam parados e não arrancam. O PCP parece um

desses condutores.

A troica foi embora há um ano atrás, eles continuam parados no semáforo vermelho e, entretanto, o País

avançou.

Quanto ao Partido Socialista, há, de facto, campeonatos que nós não jogamos. O campeonato em que

queremos jogar, Sr.ª Ministra, é o que faz o País avançar. O campeonato em que discutimos e disputamos

quantos anos recuou cada um não traz nada a ninguém, não traz proposta nenhuma, não traz solução

nenhuma a nenhum português!

Por isso, Sr. Deputado João Galamba, o campeonato do recuo não nos interessa. Aliás, esse é um

campeonato típico do refúgio e do recuo de um partido que ainda não conseguiu apresentar proposta

nenhuma de solução de vida e de futuro para o País. Continuam agarrados ao passado…

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Vocês é que continuam agarrados ao passado!

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — … porque sobre o futuro não conseguem dizer absolutamente nada!

O Partido Socialista ensaiou aqui o número das estatísticas sobre vários números. Já percebemos,

claramente, que perdeu esse debate, porque fica sempre agarrado à atitude típica dos alunos que estudam

apenas com base em cábulas. Fazem as cábulas, fazem os post-its e, quando eles caem, ficam sem discurso.

Risos do CDS-PP.

Reparem: o Partido Socialista já usou o post-it da espiral recessiva. Esse post-it caiu e o PS ficou sem

discurso.

Depois, usou o post-it do segundo resgate. Esse post-it perdeu a cola e o PS perdeu o discurso.

Também usou o post-it da recessão. Esse post-it perdeu a cola e a adesão à parede e o PS perdeu o seu

discurso. Aliás, ensaiaram vários discursos, nomeadamente o do aumento do desemprego.

O Sr. João Galamba (PS): — E não é que aumentou mesmo o desemprego!?

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Sr. Deputado João Galamba, este Governo e esta maioria nunca

embandeiraram em arco, mas a verdade é que há resultados que são inquestionáveis. Pode dar as voltas que

quiser às estatísticas, mas a verdade é que os portugueses, felizmente, começam a sentir alguma diferença

entre aquele que foi o vosso tempo e aquele que é o nosso tempo.

Claramente, o vosso desespero é sinónimo de que a realidade deixou de vos dar razão, e felizmente, não

para nós, mas para a vida dos portugueses.

O PS continua a insistir em milagres que não resultaram no passado e que nunca voltarão a resultar.

Sr.ª Ministra, um dos temas em relação ao qual nunca mais ouvimos o PS falar foi o da importância do

funcionamento dos estabilizadores automáticos. Lembro-me de alguns debates, no início desta governação,

em que, por várias vezes, o Sr. Deputado João Galamba falou na importância de o Governo ter de deixar

funcionar os estabilizadores automáticos, na importância de subir o subsídio de desemprego, na importância

de deixarmos que as receitas fiscais caiam. Sr.ª Ministra, o PS é vítima das suas próprias soluções.

Para que isso acontecesse era preciso que não tivéssemos tido uma dívida para pagar, era preciso que

não tivéssemos que ter aumentado impostos para corrigir um défice que teve de baixar de 11% para 4,5%, era