10 DE ABRIL DE 2015
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O Sr. Nuno Reis (PSD): — O Equador, apresentado como modelo pela sua reestruturação de dívida,
passa agora pelas dificuldades esperadas de uma economia excessivamente dependente do petróleo.
Até Cuba, aliás, se vai lentamente abrindo ao exterior.
Só a agenda que o PCP tem para oferecer ao País permanece irreformável. Não surpreende que para o
PCP quanto pior melhor.
Se é verdade que sem miséria social o comunismo não tem seguidores, não é menos verdade que nunca,
na história, houve uma experiência comunista que não trouxesse miséria ainda maior aos povos que
conseguiu liderar.
Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: Se o PCP está em
contraciclo com a história, o PS está à margem da história. Só assim se pode entender o discurso e as
práticas dos seus dirigentes.
O PS considera que não teve nenhuma responsabilidade em ter levado o País à bancarrota e que não teve
nenhuma responsabilidade nas medidas do Memorando que foram contrapartida ao pedido de auxílio
internacional.
Para o PS, o seu líder, António Costa, não foi o número dois de José Sócrates. Os resultados das
sondagens não são da responsabilidade da velha…, perdão, da nova liderança. Os resultados eleitorais na
Madeira nada têm a ver com o grande líder. Os socialistas do PASOK perdem na Grécia, mas a nova
liderança, mais à esquerda, até tem élan nos media. O PS está com eles!
O tempo passa e nada de bom se augura. Então, toca a descolar dessa nova alternativa que, afinal, até já
nem é da mesma família política.
O PS quer ter um novo Hollande… Não, o PS quer ter um novo Tsypras… Não, afinal o Matteo Renzi é que
é…! De ziguezague em ziguezague, entre nova inspiração e velha aspiração, chega-se até a pensar num novo
António. Será o velho Costa um novo Seguro para esta maioria?
Aplausos do PSD.
As inundações em Lisboa são como os buracos: não têm solução. Perdão, até pode haver solução, mas
custará uns 100 milhões de euros, coisa pouca para socialistas. Mas isso era dantes; agora, a 100% no Largo
do Rato é que vai ser!
Medidas para apresentar nem vê-las. Zero! Mas há para aí um grupo de 12 magos que vai propor alguma
coisa, talvez lá para o Verão, não vá alguém estar a trabalhar e prestar atenção às soluções que configuram a
tal alternativa do velho novo cancioneiro socialista.
Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados, as exportações continuam
a crescer.
As perspetivas de crescimento económico do País estão, hoje, acima das do Governo e até acima da
média da zona euro.
O novo quadro comunitário abre oportunidades de investimento e de desenvolvimento, de que o País bem
precisa e pode aproveitar, caso as apostas não sejam meramente as de ganhar a próxima eleição mas de
trabalhar pela futura geração.
Entre as políticas que nos fariam recuar à miséria que se vivia nos paraísos do lado de lá da cortina de
ferro ou entre os políticos que nos fariam caminhar, a exemplo de governos socialistas anteriores, para uma
quarta bancarrota em democracia, a escolha deverá ser esclarecida.
Ninguém está isento de falhas, mas os resultados estão aí e devem ser comparados à luz do que outros
propuseram e teriam feito.
Não duvidamos que este Governo seja bem melhor do que as alternativas das cigarras esquerdistas. O
País merece melhor. A atual maioria é, seguramente, mais fiável que as pretensas alternativas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz.