2 DE MAIO DE 2015
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Quero deixar muito claro que o regime que hoje se apresenta, à imagem dos regimes que o antecederam,
foi sujeito a análise e validação por parte da Comissão Europeia, tendo a estrutura dos limites impostos ao
regime sido aceite pela própria Comissão, à luz das regras comunitárias, pelo que é absolutamente conforme
com a legislação europeia.
Os limites e condições a que estes regimes estão sujeitos são, aliás, em tudo semelhantes, embora
reforçados, aos aplicáveis a regiões ultraperiféricas de outras jurisdições europeias também sujeitas ao
escrutínio da Comissão Europeia.
Sr.as
e Srs. Deputados, termino dizendo que hoje, tal como no passado, importa dotar a Madeira dos
instrumentos necessários ao seu desenvolvimento económico e da população madeirense.
Muito obrigado pela vossa atenção.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente António Filipe.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para intervir, o Sr. Deputado Hugo Velosa.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª e Sr. Secretários de Estado, Srs. Deputados: Em
primeiro lugar, quero agradecer a apresentação que o Sr. Secretário de Estado acabou de fazer do diploma
que hoje discutimos, que foi uma apresentação técnica correta e objetiva. Isso é muito importante porque a
Câmara ficou a saber do que se trata. Portanto, a partir daqui, dificilmente poderemos aceitar que haja
intervenções ou uma análise política daquilo que aqui se trata.
Na realidade, a zona franca da Madeira, não há hoje dúvidas disso, nomeadamente pelos números de
2014, foi extremamente benéfica para a região e para o País. Está em 12.ª lugar em investimento direto
estrangeiro (IDE) em Portugal, segundo os dados do Banco de Portugal, e arrecadou cerca de 120 milhões de
receita fiscal para os cofres da Região Autónoma da Madeira, que o mesmo é dizer do País.
Não tenhamos dúvidas de que a zona franca é um instrumento fundamental para a Região Autónoma da
Madeira e para Portugal e, assim, queria felicitar o Governo pela forma célere como entramos agora neste
quarto regime, o qual é fundamental para maior produtividade e atratividade da zona franca. Portanto,
queremos efetivamente felicitar o Governo e deixar também nota — sei que isso aconteceu — do
empenhamento pessoal do Sr. Primeiro-Ministro no sentido de desbloquear este dossier na Comissão
Europeia.
Inscrevi-me para intervir sem saber se o PS iria ou não falar antes de mim, mas não falou e não sei qual é
a posição do PS. Porém, temo que a posição do PS seja aquela que teve desde sempre. Desde 1980, quando
a zona franca foi criada, o PS nunca quis participar, nunca quis estar do lado da razão e daquilo que é bom
para os madeirenses e para os portugueses. Haverá razões políticas para isso, mas uma coisa é certa: na
Madeira ninguém entende que o PS tenha estado sempre contra um instrumento que todos concordam que é
benéfico para a população da Região Autónoma da Madeira e para os portugueses.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Na história, tem-se escrito sobre isso, mas aquilo que poderei dizer, porque
não ouvi a intervenção do PS, é que até à votação ponderem bem, porque devem estar a favor deste
instrumento que é benéfico para os madeirenses e para os portugueses que residem na Madeira.
Termino dizendo que não há dúvida que este instrumento é muito importante, no sentido de ser mais
atrativo, mais competitivo naqueles que são os serviços prestados em relação a outras zonas francas, por este
regime fiscal que é criado. E o tempo dirá que temos razão.
Por isso, quero terminar felicitando o Governo pela forma como conseguiu, de forma mais célere do que é
habitual, resolver este problema do quarto regime fiscal da zona franca da Madeira.
Aplausos do PSD e do PSD.