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7 DE MAIO DE 2015

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Deixe-me aproveitar para lhe dizer, Sr.ª Deputada, que este Governo é o primeiro Governo de coligação,

em Portugal — no Portugal democrático, porque no outro não havia coligações, nem governos eleitos —, que

terminará o seu mandato, o que diz muito sobre a forma como, apesar das nossas diferenças, nós sabemos

superar essas diferenças e temos maturidade suficiente para resolver os nossos problemas, pondo o País em

primeiro lugar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Portanto, Sr.ª Deputada, a sua pequenina intriga aqui não consegue penetrar.

Mas a Sr.ª Deputada queria falar de Dias Loureiro. E deixe-me dizer, Sr.ª Deputada, que é verdade que me

encontrei com o Sr. Dr. Dias Loureiro e espero que ele não se sinta visado nem ultrapassado por eu ter

suposto — e estou convencido de que ele sabe — que, com o que viu no mundo e com a experiência que

adquiriu, partindo de Aguiar da Beira, não é por se viver no interior que hoje não podemos, graças a muitas

renovações tecnológicas…

Risos do BE.

… e graças a muito trabalho de transformação da economia portuguesa, vencer na vida e ter negócios bem

sucedidos.

Estou convencido de que o Dr. Dias Loureiro também sabe disso. E apesar de ser um exercício sempre um

pouco audacioso, mesmo numa queijaria, supor que os outros sabem aquilo que nós julgamos que eles

sabem, arriscaria dizer que sabe Dias Loureiro e sabe a generalidade dos portugueses.

Nesse aspeto, Sr.ª Deputada, todos nós aprendemos lições muito importantes, a saber, a de que as

facilidades saem sempre muito caras aos países. E nós pagámos um preço muito elevado pelas facilidades

com que muitos governos trataram a situação do investimento público e com que trataram o problema do seu

próprio défice público ou, mesmo, de uma economia fechada e protegida.

Mas estou à vontade para fazer essas observações, Sr.ª Deputada, porque tenho liderado um Governo que

faz, ao contrário dessa tradição, total abertura da nossa economia, absoluta concorrência ou reforço das

autoridades que zelam pela concorrência, em Portugal, abrindo, portanto, o nosso mercado à competição e

não ao favor.

Portanto, Sr.ª Deputada, estou em boa posição para lhe dizer que o País não corre risco com esta

perceção que tenho do que é importante Portugal fazer.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Dou, de novo, a palavra à Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não percebe a gravidade do que

aconteceu e do que disse?! Não percebe que o BPN foi um lobby que assaltou o País em 5000 milhões de

euros e que Dias Loureiro é um dos principais responsáveis?

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — É uma vergonha!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — O Sr. Primeiro-Ministro vem para a Assembleia da República dizer que é

bom encorajar exemplos como o de Dias Loureiro!?

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — É uma vergonha!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Primeiro-Ministro, é um insulto não só ao País como a todos os

empresários honestos, que investem em inovação e que pagam justamente aos trabalhadores que são parte

da economia de que Portugal precisa.