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I SÉRIE — NÚMERO 1

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relativas à saúde, relativas aos territórios de baixa densidade, relativas à educação, e anunciámos até uma

iniciativa legislativa com vista à criação efetiva de um cadastro predial, que pode ser essencial também para

ajudar à prevenção dos incêndios.

Destas matérias queremos ver a outra face do Partido Socialista, que tanto chama o PSD a apresentar

propostas e queremos ver se o Partido Socialista reconhece o mérito das nossas propostas e deixa cair, de uma

vez por todas, a carga ideológica de um Governo e de uma ideologia presa ainda ao Bloco de Esquerda e ao

Partido Comunista Português.

Mas, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, enquanto o PSD fazia a avaliação do Governo e preparava o

futuro e a nova Sessão Legislativa, o País assistia incrédulo ao continuar do desbaratar da confiança que

ganhámos nos últimos anos. Foi o alarme anunciado pelo Sr. Ministro das Finanças, colocando em cima da

mesa a hipótese de um segundo resgate, e foi o anúncio de novos e novos impostos que ainda ninguém explicou

mas que já assustam todos os portugueses.

E como se não bastasse, Sr.as e Srs. Deputados, o País assistiu incrédulo ao facto de o Primeiro-Ministro —

aquele Primeiro-Ministro que há meses apelava aos membros do seu Governo, com um ar sério e grave, que

não se esquecessem nunca, onde quer que fosse, até à mesa do café, de que eram membros do Governo,

membros da República, pelo que teriam de ter forçosamente cuidado na linguagem e nas expressões que

usavam —, provavelmente imbuído de algum espírito infantil, o mesmo que provavelmente o fez crer nas vacas

voadoras, a pedir ao Sr. Ministro das Finanças que fosse «caçar pokémons».

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Queira terminar, Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.

O Sr. HugoLopesSoares (PSD): — Ora, tal foi dito numa escola, e foi usado um tipo de linguagem que nos

parece, do ponto de vista político, tudo menos coerente.

A verdade é que o Sr. Primeiro-Ministro acabou a semana pedindo ao Sr. Ministro das Finanças — sim, é o

único que pode enfiar esse barrete, porque é o único que fala de um segundo resgaste na praça pública — para

ir «apanhar pokémons».

Sr.as e Srs. Deputados, não foi uma boa semana esta para o Partido Socialista, não foi uma boa semana para

o Governo e, sobretudo, não foi uma boa semana para o País.

Sr. Presidente, termino, dizendo que, infelizmente, o que podemos constatar é que o Governo das esquerdas

se está a esforçar para desbaratar os esforços de todos os portugueses.

Aplausos do PSD e de Deputados do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado Hugo Lopes Soares, a Mesa registou a inscrição,

para pedir esclarecimentos, de quatro Srs. Deputados.

Como pretende responder?

O Sr. HugoLopesSoares (PSD): — Dois a dois, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sendo assim, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado

Eurico Brilhante Dias.

O Sr. EuricoBrilhanteDias (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hugo Lopes Soares, começo por saudá-

lo, a si à sua bancada, pela realização das Jornadas Parlamentares do seu partido.

Sr. Deputado, deixe-me dizer-lhe que, da sua intervenção, retive dois aspetos essenciais.

Primeiro, procurou reescrever a história sobre os fundos estruturais, mas foi curiosamente sobre os fundos

estruturais que o Sr. Presidente da República veio dizer que estamos dois anos atrasados. Disse-o na semana

passada, no dia 12 de setembro.

O Sr. DuarteFilipeMarques (PSD): — Não disse nada disso!