O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

16 DE SETEMBRO DE 2016

41

como o fim dos exames dos 4.º e 6.º anos, o fim da PACC (prova de avaliação de conhecimentos e capacidades),

a gratuitidade dos manuais escolares, que eu creio que é uma das medidas positivas que marcam

inclusivamente este arranque de ano letivo. Sabemos que são insuficientes e que é necessário ir mais além.

Ora, neste ir mais além, num caminho que é necessário percorrer, para podermos ter uma aposta na

educação, podermos ter condições adequadas nas escolas, podermos proporcionar às crianças e jovens do

nosso País o adequado processo de ensino e aprendizagem, um investimento no sucesso escolar, é preciso um

grande investimento. Um investimento nos recursos humanos, pôr fim à precariedade…

Vozes do PCP: — Exatamente!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … porque não é com condições de trabalho precárias que vamos conseguir

qualificar a escola pública e também qualificar a ciência do nosso País.

É preciso garantir direitos aos docentes…

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr.ª Deputada Paula Santos, queira terminar.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Como dizia, é preciso garantir direitos aos docentes, direitos aos trabalhadores científicos que permitam ter

a estabilidade e esse mesmo reconhecimento, mas é preciso, também, garantir as condições nomeadamente

no que diz respeito aos estudantes, reforçar a ação social escolar, continuar este caminho iniciado, por exemplo,

com a gratuitidade dos manuais escolares para poder ir mais longe e alargá-lo a mais estudantes, porque, de

facto, aqueles que são os princípios constitucionais do direito à educação, a igualdade no acesso e sucesso

escolares, mas também…

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr.ª Deputada, queira terminar.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Como dizia, a igualdade no acesso e sucesso escolares, mas também a gratuitidade do ensino do nosso

País são propostas pelas quais o PCP se tem vindo a bater, e vai continuar a fazê-lo e será também por aí que

é necessário ir mais longe, como bem referiu, na qualificação e no conhecimento no nosso País.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder aos dois pedidos de esclarecimento, tem a

palavra o Sr. Deputado Alexandre Quintanilha, dispondo para o efeito de 3 minutos.

O Sr. Alexandre Quintanilha (PS): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas Joana Mortágua e Paula Santos,

foram colocadas por VV. Ex.as essencialmente duas questões: a questão das propinas, que, dentro do Partido

Socialista, tem sido muito debatida e tem sido apresentada várias vezes como um desafio pela Juventude

Socialista. E é óbvio que, apesar das propinas não serem a parte mais importante do financiamento das

universidades, só representam perto de 30%, todos nós desejaríamos que essa componente no financiamento

do ensino superior pudesse ser reduzida.

Espero que, em alinhamento com aquilo que vai ser possível nos próximos anos, alguns passos possam ser

dados nessa direção.

Não sei qual é a velocidade possível, porque, como todos sabem, temos limitações económicas significativas,

mas penso que será de todos um desejo que as propinas possam ser reduzidas e que deixem de ser uma parte

principal do financiamento das instituições de ensino público. Isto tem de ser discutido também com as

instituições de ensino público e penso que poderá ser um dos pontos de debate nos próximos meses e nos

próximos anos.

A segunda questão levantada foi a da precaridade, não só nos contratos para investigadores e pessoas

envolvidas no aumento do conhecimento em todas as áreas, mas também o fim da precariedade de muitas

situações na escola com as quais nos confrontamos todos os dias.