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I SÉRIE — NÚMERO 7

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Aplausos do PS.

Portugal precisa de pessoas e de investimento e, no PS, temos uma vantagem: não precisamos de fazer

oposição a nós próprios. Sempre dissemos que há outro caminho e, no PS, temos a vantagem de podermos

fazer aquilo que dissemos, cumprindo o que prometemos aos portugueses, cumprindo os acordos firmados com

os nossos parceiros e cumprindo os compromissos internacionais do Estado português.

Este é o Programa do Governo, este é o Programa do PS e é esta alternativa, que os senhores não querem

reconhecer, que está a ser implementada neste País.

Aplausos do PS.

Mas bem-vindos ao consenso sobre investimento, criação de emprego e promoção de bem-estar em

Portugal!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado Brilhante Dias, informo-o que se inscreveram quatro Srs.

Deputados para formularem pedidos de esclarecimento, pelo que lhe pergunto como pretende responder.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Individualmente, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Assim sendo, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Emídio

Guerreiro.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, de facto, ao ouvi-lo,

fiquei sem dúvidas: o debate de ontem correu mesmo mal ao Partido Socialista. O debate de urgência sobre

economia e investimento correu tão mal ao Partido Socialista que lhe deram esta tarefa difícil de recompor aquilo

que ontem correu mal. E, talvez por isso, o Sr. Deputado só teve uma solução: chegar aqui, ir à tribuna e falar

de 2017, 2017, 2017… Sr. Deputado, 2020 é que vai ser!

Regressemos a 2016, que é o ano em que estamos a viver. E, efetivamente, a este respeito, o Sr. Deputado

teve uma oportunidade que desperdiçou para poder corrigir algumas das inverdades que têm vindo a público.

Através de quem? Dos Srs. Membros do Governo e dos seus apoiantes — que espanto! —, que continuam a

querer misturar realidades diferentes e a comparar dados que não são comparáveis.

Relativamente ao emprego, Sr. Deputado, olhemos para os dados da queda do desemprego, que se vem

verificando desde 2013. Mas olhemos pela malha fina: olhemos para os resultados da criação de emprego

líquido, para o saldo entre os que entram no mercado de trabalho e os que saem. Os senhores, no segundo

trimestre deste ano, de 2016 e não de 2017, como o Sr. Deputado tantas vezes referiu, criaram 21 700 postos

de trabalho. É positivo, Sr. Deputado, estamos satisfeitos! Mas, quando comparamos estes números com os

números do segundo trimestre de 2015, ao tempo do nosso Governo, dizem-nos as mesmas fontes, o INE, que

foram criados 66 200 postos de trabalho, trabalho líquido, postos de trabalho líquidos. É mais do que o triplo,

Sr. Deputado! Como é que explica isto? Será que não estamos, infelizmente, perante um abrandamento da

criação de emprego líquido?

Falemos também de investimento público, Sr. Deputado. Os senhores usaram o investimento público como

uma das máximas ao longo da campanha eleitoral. Essa era uma das pedras de toque da diferença entre o

vosso Governo e o nosso. Disseram-no, mas não o fizeram! Afinal, são os senhores que dizem e não fazem!

Logo na vossa proposta de Orçamento do Estado para 2016 a verba inscrita para investimento público era

inferior, em 4,9%, à verba do Orçamento do Estado de 2015; ou seja, logo o vosso ponto de partida era inferior

àquele que nós tínhamos.

Mais: olhemos para a execução. De facto, quando olhamos para a Conta Nacional, verificamos que o

investimento público em 2016, e não em 2017, caiu 27% relativamente a 2015.