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30 DE SETEMBRO DE 2016

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Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr. Deputado, agradeço a questão e a reflexão.

Aquilo a que assistimos durante os primeiros dois anos de execução do QREN, mas também, agora, do

Portugal 2020 foi um processo em que, em grande medida, o Governo PSD/CDS deixou sem condições de

execução, em 2016, a parte mais significativa de investimento, que dizia respeito às autarquias e às

comunidades intermunicipais.

As empresas tiveram um bloqueio e esse bloqueio, este ano, já foi, em grande medida, eliminado.

Disse aqui ainda ontem o Sr. Ministro da Economia, mas também já o disse o Sr. Ministro do Planeamento e

das Infraestruturas, que foi possível abrir novos concursos, que as PME finalmente conseguem começar a ter o

pagamento dos incentivos e que, em 2016, no que diz respeito ao investimento privado, já temos sinais objetivos.

Temos sinais objetivos no investimento em equipamento e também em material circulante e material de

transporte.

Mas tínhamos um garrote, que é o garrote do planeamento da obra — primeiro, no projeto e, depois, no

planeamento da obra pública. Esse processo é longo, demora o tempo necessário e que é imposto pela

legislação, que por transparência, naturalmente, precisamos de executar. O Ministro do Planeamento e

Infraestruturas já disse aqui, em Comissão, que esse trabalho foi, em grande medida, realizado em 2016.

Por isso, como todas as instituições internacionais têm dito, conhecendo o nosso Programa de Estabilidade

e o Programa Nacional de Reformas, a expectativa que se tem é a de que, em 2017, possamos ter um

crescimento substantivo do investimento.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Para o ano é que é!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Os senhores dizem sempre que é para o ano. Nós gostávamos que o

«para o ano» tivesse sido em 2016, mas os senhores impediram-no ao não deixarem condições de execução

de fundos comunitários.

Os senhores ouvirão esta frase tantas vezes quantas as que forem necessárias para não exigirem coisas a

este Governo que não podem ser concretizadas por causa da vossa incompetência e por causa da vossa não

diligência na resolução do problema.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Vou repetir as vezes que forem necessárias: os senhores deixaram os fundos estruturais bloqueados, sem

possibilidade de execução.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Verdade!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Mais: a partir daqui temos outro elemento…

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Mas não muito mais, Sr. Deputado, vai ter de concluir.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Terminarei, Sr.ª Presidente.

Acreditamos que o setor exportador terá, em grande medida, em 2017, a possibilidade de ver desbloqueados

um conjunto de constrangimentos de mercado que este ano ainda tinha.

É no próximo ano que vamos começar a ter um crescimento mais significativo do investimento e das

exportações, em grande medida porque será esse o ano que corresponde à execução e ao planeamento de

fundos comunitários que este Governo pôde fazer durante a primeira sessão legislativa que terminou em

setembro de 2016.