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I SÉRIE — NÚMERO 7

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Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota

Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Eurico Brilhante

Dias, apercebi-me agora de que começou hoje aquela época do ano em que o Partido Socialista anuncia o que

vai acontecer nos anos a seguir.

Lembro-me muito bem disso porque, há um ano a esta parte, uma comissão de sábios do Partido Socialista

— muitos deles ainda por cá andam, como o sábio Centeno, o sábio Galamba, o sábio Brilhante… — dizia que,

este ano, o crescimento económico ia ser de 2,4%.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Dizia a comissões dos sábios 2,4%, aliás com a mesma pose, com

a mesma postura com que V. Ex.ª, do alto daquela tribuna, anunciava a boa nova que aí vem em 2017.

Sucede que este ano o crescimento económico é de 0,9%, que, aliás, contrasta com o crescimento

económico de 2015 que, soubemos hoje, foi de 1,6%, isto é, muito maior do que aquele crescimento que

estamos a ter efetivamente este ano.

É por isso que nós, nesta bancada, que somos gente avisada, quando ouvimos o Partido Socialista a falar

de números temos o cuidado de ir fazer a prova dos nove para perceber efetivamente o que é que está a

acontecer.

Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias.

Aliás, ainda na semana passada o Sr. Primeiro-Ministro apresentou um conjunto de quadros e fomos verificar

que entre aqueles quadros e a realidade havia uma grande distância.

De facto, quando fazemos a prova dos nove aos números do Partido Socialista percebemos que o resultado

da sua política é exatamente isso: noves fora, nada! Não sobra nada ou sobra muito poucochinho, palavra que

certamente o Sr. Deputado percebe até melhor do que eu.

Quando olhamos para o investimento, que, no ano de 2015, cresceu 4,5%, percebemos que este ano está a

cair 2,4%. Quando olhamos para as exportações, que cresceram 5,4% no ano passado, percebemos que, neste

momento, estão a crescer menos de metade disso. Até o consumo interno, a procura interna, que era o alfa e o

ómega das vossas políticas, está francamente abaixo do ano passado.

Por isso mesmo, Sr. Deputado, porque fala aqui tanto sobre os fundos comunitários, também fui verificar a

sua execução em dezembro de 2015 e hoje, programa a programa. Por exemplo, no programa Inclusão Social

e Emprego, até ao final de 2015, tinha sido pago 5% e neste momento foi mais 1%. No caso do programa Capital

Humano, tinha sido pago, até 2015, 10%, neste momento foi mais 5% e no caso do programa Desenvolvimento

Rural, da agricultura, tinha sido pago 15% até 2015 e, neste momento, os senhores pagaram mais 2%.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Mas, Sr. Deputado, para concluir, e uma vez que a sua intervenção

foi sobre o Orçamento do Estado de 2017, há uma pergunta que não posso deixar de lhe fazer.

Temos ouvido muita discussão sobre o Orçamento do Estado de 2017 e a discussão que ouvimos é muito

sobre impostos e nada sobre economia. Sr. Deputado, quero pedir-lhe que garanta hoje aos portugueses que

no Orçamento do Estado de 2017 não há aumento de qualquer imposto, ou seja, que os portugueses não vão

ter de pagar mais impostos com a política do Partido Socialista.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.