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9 DE MARÇI DE 2017

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Quanto às carreiras longas, o Sr. Ministro do Trabalho tem, neste momento, um trabalho concluído, vai iniciar

diferentes reuniões de trabalho e creio que hoje haverá uma reunião de trabalho com a bancada do Bloco de

Esquerda sobre essa matéria.

Portanto, iremos, também aqui, avançar e concretizar aquilo que consta do Programa do Governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular perguntas, tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas, em nome

do Grupo Parlamentar do CDS-PP.

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, ia começar por abordar um

outro assunto, mas, em virtude da intervenção inicial que aqui fez, creio que é relevante perguntar-lhe sobre a

parte que não focou nessa intervenção inicial. Há duas notas em relação aos quais gostaria de chamar a sua

atenção.

A primeira tem a ver com o facto de o Sr. Primeiro-Ministro vir dizer ao Parlamento que o investimento está

muito bem e a recuperar. Mas, Sr. Primeiro-Ministro, as contas do INE (Instituto Nacional de Estatística),

publicadas no dia 3 deste mês, mostram que o investimento recuou no ano passado, em termos reais, 0,9%.

Gostaria de o ouvir sobre esta questão, porque destoa do cenário cor-de-rosa e da pintura muito bonita que

faz sempre, mas que é sempre parcial nesta Casa.

O Sr. HélderAmaral (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — A segunda nota que queria deixar — e esta é fresquinha porque é

desta manhã — tem a ver, mais uma vez, com os juros da dívida pública.

Hoje, houve uma emissão a 9 anos, a qual levou a juros de quase 4%. Em agosto, a emissão tinha sido a

juros de 3% e agora de quase 4% — passaram seis meses.

Sr. Primeiro-Ministro, o que é que tem a dizer sobre isto? O que é que tem a dizer aos portugueses que vão

ter de pagar estes juros? E o que é que tem a dizer sobre como é que isto encaixa na sua visão cor-de-rosa de

Portugal?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, o investimento, ao longo do

ano passado, esteve sempre a aumentar, tendo concluído no quarto trimestre com um aumento de 4,6% e quer

o investimento direto estrangeiro, quer o investimento nacional estiveram sempre a aumentar.

Os dados que temos verificado já de 2017 demostram bem que esse investimento está a prosseguir. Os

dados sobre criação de emprego, os dados sobre importações de máquinas e equipamentos demonstram bem

que as empresas estão, felizmente, a investir. E estão a fazê-lo, desde logo, porque conseguimos descongelar

o programa Portugal 2020. Quando chegámos ao Governo, através desse programa, chegou às empresas 4

milhões de euros e nós, nos primeiros 100 dias, conseguimos fixar a primeira meta nos 100 milhões de euros,

quando chegámos ao final do ano ultrapassámos a meta dos 460 milhões de euros e, neste ano, iremos apoiar

as empresas em mais de 1000 milhões de euros para suportar o investimento empresarial.

Portanto, quer o investimento estrangeiro quer o investimento nacional estão a aumentar e, se a Sr.ª

Deputada for verificar, vai poder constatar que, em particular, empresas estrangeiras que há muitos anos estão

em Portugal, como a Siemens, a Bosch, a Volkswagen ou a Renault, todas elas têm estado a aumentar, e

significativamente, o seu investimento, criando novas linhas ou lançando novos produtos.

Como sabe, as taxas de juro têm estado a subir em todos os mercados e, se for comparar a nossa taxa de

juro a 10 anos a partir do momento em que entrámos para o euro, verificará que foram raros os meses em que

tivemos taxas de juro inferiores às que estão a ser praticadas atualmente.