O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 60

26

porque o CDS entende que é fundamental aumentarmos o investimento público. Fico muito satisfeito com isso!

Quanto ao investimento privado, esse subiu.

Relativamente à dívida, Sr.ª Deputada, como sabe, nos quatro anos anteriores, que coincidiram com a sua

passagem pelo Governo, a dívida pública aumentou 30 pontos percentuais. No ano passado, a dívida pública

estabilizou, a dívida líquida até diminuiu e a dívida bruta teve um ligeiro aumento explicado pelo impacto da

herança BANIF e da herança Caixa Geral de Depósitos.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — E a herança que vocês nos deixaram é «ótima»!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — Este ano, com a antecipação, que, aliás, já foi feita, de amortizações da dívida

ao FMI, já temos uma dívida bruta inferior àquela que existia quando entrámos em funções.

Finalmente, sobre confiança, Sr.ª Deputada, os números não mentem.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Pois não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Os números da confiança estão a um nível recorde que não tínhamos desde o

ano 2000, repito, desde o ano 2000, Sr.ª Deputada!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem, ainda, a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, a confiança dos investidores

não a vemos exatamente assim.

Mas deixe-me dizer-lhe o seguinte: o meu papel é fiscalizar que o Governo cumpre aquilo com que se

compromete. Portanto, não confundo as funções. Deste lado, o meu papel é este, e é isso que farei o tempo

todo, Sr. Primeiro-Ministro!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — E, já agora, vale a pena olhar para aquele que era o cenário

macroeconómico do Programa Eleitoral do Partido Socialista — o «cenário Centeno» —, onde se prometia 2,4%

de crescimento para 2016 e 3,1% de crescimento para 2017. É sempre bom lembrar isto! Nesse impacto

macroeconómico do Programa Eleitoral havia um cenário central inicial, que é como quem diz: «Se eles lá

continuarem, é isto que vai acontecer». Ora, esse cenário central do «se eles lá continuarem» dizia que, em

2016, iríamos ter 1,7% de crescimento…

Vozes do CDS-PP: — Ah…!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Ah, que coisa extraordinária!

Como estava a dizer, esse cenário central referia que, em 2016, iríamos ter 1,7% de crescimento, ou seja,

acima daquilo que os senhores conseguiram, os 1,4%, e que, em 2017, iríamos ter 1,7%, ou seja, um valor

acima daquilo que os senhores previram no Orçamento do Estado, os 1,5%.

Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, lamento, mas é minha função — e eu não a declino —, de todas as vezes

que aqui vem, confrontá-lo com as suas escolhas e com as suas opções.

E, já agora, queria lembrar que, de facto, o senhor incumpre radicalmente a sua promessa — e isso também

é extraordinário e eu gostava de saber o que é que o PCP e o Bloco de Esquerda dizem — quando assume mea

culpa de uma redução brutal do investimento público.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!