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I SÉRIE — NÚMERO 67

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próximo ano, vai acontecer nos próximos 10, 20 anos, condicionando durante décadas as hipóteses de o País

crescer.

E não só o País está a entregar milhares de milhões de euros, necessários ao seu desenvolvimento, aos

mercados externos que especularam contra a sua dívida, como está sempre sujeito a ataques especulativos ou

a mudanças políticas do BCE.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já ultrapassou o seu tempo. A partir de agora desconta no tempo da

segunda ronda.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Estou a terminar, Sr. Presidente.

Portanto, Sr. Secretário de Estado do Tesouro, Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Sr.as

e Srs. Deputados, penso que uma atitude responsável para com o País é oferecer soluções para os problemas

que temos, é encarar os problemas de frente e aceitar uma discussão séria, sem papões e sem preconceitos

ideológicos.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — É a vez do Grupo Parlamentar do CDS-PP.

Tem a palavra o Sr. Deputado João Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado do Tesouro, Sr.

Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Sr.as e Srs. Deputados: O dia de hoje é interessante para

fazermos uma discussão sobre dívida.

Temos um caso prático muito claro sobre aquilo que é esta maioria a gerir dívida: o que se passou com a

Caixa Geral de Depósitos. Hoje, a Caixa Geral de Depósitos emitiu dívida mais cara, com uma taxa de juro mais

alta, do que aquela que foi atribuída ao empréstimo no tempo do Governo PSD/CDS. Onde estão os Deputados,

desse lado das bancadas parlamentares, que diziam que naquela altura aquela taxa ia pôr em causa o balanço

da Caixa Geral de Depósitos?

Aplausos do CDS-PP.

Uma taxa de 8,5% punha em causa o balanço da Caixa Geral de Depósitos. O que dizem os Srs. Deputados

sobre uma taxa de 10,75%?

O que dizem também os Srs. Deputados do Bloco de Esquerda e do PCP sobre o facto de agora a receita

dessa operação não ir para os contribuintes portugueses, como foi no tempo da maioria PSD/CDS, e ir para

aquilo que os senhores chamam «fundos abutres»? Então, agora, uma operação destas, feita no Luxemburgo,

com o lucro de 10,75% para os «fundos abutres» já não tem problema nenhum? Vemos muito bem aquilo que

é esta maioria, hoje em dia, a falar sobre dívida!

Aplausos do CDS-PP.

Mas vamos à questão concreta em relação ao debate requerido pelo PCP.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o caminho apresentado pelo Partido Comunista é um caminho de

irresponsabilidade e de populismo, que não podemos acompanhar.

«Em síntese, a visão do PCP deixa o Estado português numa situação desastrosa (…) É uma visão que não

podemos, de forma nenhuma, aceitar.» Sr.as e Srs. Deputados, o que acabei de vos citar não é nem mais nem

menos do que o que disse, nesta Câmara, um Deputado conhecido do Partido Socialista em 2012, o Sr.

Deputado Fernando Medina.

E posso ler a linha seguinte da sessão plenária do Diário da Assembleia da República para que os Srs.

Deputados do Partido Socialista não se sintam excluídos. Na linha seguinte, pode ler-se: «Aplausos do PS.» e,

na outra linha, pode ler-se: «Protestos do PCP.»