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I SÉRIE — NÚMERO 81

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queremos fixar em Portugal e aumentar o nosso potencial de crescimento, para que este venha a ter

desenvolvimento.

É preciso trabalhar para crescer. É o que estamos a fazer e é por isso que temos o Programa Nacional de

Reformas.

O Programa Nacional de Reformas não são abstrações, são projetos como este do AIR Center que o

concretizam, conjugando vários dos seus pilares, o das qualificações, o da inovação e o da valorização do

território. É assim que nós vamos fazer o País crescer, de modo sustentável e de modo duradouro, para

vencermos a maldição — que temos tido desde o princípio do século — de crescimentos medíocres, com uma

média de 0,2% ao ano.

É preciso crescer, mas para isso é preciso fazer o trabalho que é necessário. Estas são as verdadeiras

reformas estruturais que fazem o País crescer, não são as reformas do passado, que não reestruturam nada e

que estão condenadas, necessariamente, ao fracasso.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Ainda pelo Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra, para formular perguntas, o Sr.

Deputado Fernando Anastácio.

O Sr. FernandoAnastácio (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, todos nos recordamos da profecia

do PSD, bastante acompanhada pelo CDS, de que seria impossível devolver rendimentos sem agravar o défice

externo ou a dívida.

Aliás, também nos recordamos das referências à falta de credibilidade desta solução governativa e do seu

Programa, dizendo que seriam precisamente os mercados e a União Europeia que a faria soçobrar. Era o tal

discurso da inexistência de alternativa.

A realidade, essa dura realidade, para o PSD e o CDS, encarregou-se de comprovar que o inevitável não

aconteceu, aconteceu precisamente o contrário: tem havido devolução de rendimentos, o défice é o mais baixo

da democracia, a dívida líquida reduziu, o desemprego baixou, o PIB (produto interno bruto) cresceu, para bem

dos portugueses.

A direita fixou-se como último reduto na narrativa da falta de investimento, e é precisamente sobre a falta de

investimento que eu gostaria de lembrar alguns exemplos e números que são importantes.

No 4.º trimestre de 2016, o investimento recuperou substancialmente: cresceu 3,9%, face ao período

homólogo de 2015, e 4,6%, face ao trimestre anterior, aliás, face ao trimestre anterior, foi mesmo o maior

crescimento dos últimos seis anos. Cresceu, no final de 2016, oito vezes mais do que no final de 2015.

O investimento privado acelerou fortemente; no final do ano passado, cresceu à volta de 15%, enquanto, no

final de 2015, o tal ano em que tudo estava bem, o investimento privado estava a cair 3%. Aliás, em 2016, o

investimento privado acabou por apresentar o maior crescimento dos últimos 16 anos.

Quanto ao investimento público, refiro uma frase proferida por uma entidade insuspeita, que é precisamente

o Conselho das Finanças Públicas, que diz que poderá estar relacionada com a redução das transferências da

União Europeia o que aconteceu no ano passado. E aqui se explica muito, obviamente, a falta de trabalho de

casa do anterior Governo.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Sr. Primeiro-Ministro, a confiança dos consumidores está no máximo

dos últimos 17 anos. O clima económico, que traduz a confiança dos vários agentes económicos, está no

máximo dos últimos 15 anos.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, tendo em consideração todos estes indicadores, o da confiança dos

consumidores e os do clima económico interno e externo, o que nos pode dizer? O que é que o País poderá

esperar quanto às perspetivas de crescimento e do comportamento do investimento, tanto na sua vertente

pública como na sua vertente privada?

Aplausos do PS.