O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 81

18

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Oh!…

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — É verdade que falta demais no Serviço Nacional de Saúde e que isso põe

em causa o acesso das populações à saúde e, desde logo, a cuidados primários e que o objetivo que temos é

que cada família tenha um médico e um enfermeiro de família.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Mas quem é que aprovou o Orçamento?!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — É verdade que a progressão que acertámos, que combinámos e que o

Bloco de Esquerda quer e que continua a trabalhar para que seja possível, de devolução de rendimentos,

nomeadamente com o aumento de escalões do IRS, que é essencial à progressividade dos impostos e a uma

maior justiça no País, vê acrescidas dificuldades com este Programa de Estabilidade.

Não é nova a tensão, e um Programa de Estabilidade com uma leitura tão estrita do tratado orçamental é

uma novidade da parte do Governo e não da parte da esquerda e traz-nos mais dificuldades, mas o Bloco de

Esquerda nunca recua perante as dificuldades e cá estamos para negociar um Orçamento do Estado que seja

fiel ao compromisso de parar o empobrecimento no nosso País.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Há, todavia, algo que deve ser dito: as críticas do PSD não são porque o

PSD concorde com o Bloco de Esquerda,…

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Pois não!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — … porque, de facto, o PSD não se incomoda com os resultados do défice

ou com o percurso de consolidação orçamental ou com a leitura estrita do tratado orçamental que faz o Governo,

pois sempre disseram que o queriam, o que incomoda o PSD é outra coisa, é o caminho que está a ser seguido

no País, que é diferente.

Quando o PSD critica este caminho…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É bom ou é mau?!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — … não diz a verdade toda, não diz que, em lugar de descongelar pensões

e acabar com cortes, que eram inconstitucionais, em salários ou repor prestações sociais, o que o PSD queria

era cortar 600 milhões de euros por ano nas pensões. Era o que estava no programa.

Aplausos do BE.

Protestos do PSD.

O que o PSD não diz é que queria aquela reforma que faltava, de que Passos Coelho se lembrava sempre,

que era a de cortar nos custos do trabalho, e não nos esquecemos de que descer o valor do trabalho foi sempre

a política do PSD e CDS.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Quando falam dos serviços públicos esquecem-se de dizer que o plano

deles não era mais investimento na escola ou na saúde, era, sim, a concessão a privados, massiva, do que é

de todos…

Protestos do PSD e do CDS-PP.