27 DE ABRIL DE 2017
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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, já teve oportunidade de, hoje de manhã, na
Comissão, ouvir os responsáveis do Ministério da Saúde, que lhe deram toda a informação detalhada.
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Ah!…
O Sr. Primeiro-Ministro: — Percebo que não goste de ouvir a informação agregada.
Durante vários meses, perguntou-me, aqui, sobre os juros da dívida, mas, como agora os juros baixaram,…
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Não, não! Continuam altos!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … deixou de me perguntar sobre os juros da dívida; durante um ano perguntou-
me pelo défice, como o défice melhorou, deixou de me perguntar pelo défice;…
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Já lá vou!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … agora, pergunta-me pela dívida, mas, brevemente, também deixará de me
perguntar pela dívida, porque também a dívida começará a baixar. Aliás, já baixou a dívida líquida,…
Aplausos do PS.
… já subiu o saldo primário e, portanto, baixará também a dívida bruta.
Portanto, Sr.ª Deputada, mantenha-se tranquila que ficará também sem perguntas sobre esse tema e irá a
outros temas de maior interesse.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem, novamente, a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, tomo boa nota de que não sabe
responder e, por isso, aconselhava-o a que, de facto, se inteirasse, porque hoje de manhã quem cá esteve foram
os credores,…
Vozes do CDS-PP: — Exatamente!
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … a queixarem-se precisamente de um Governo que não paga o
que deve e, mais, nem sequer deixa que sigam as notas de encomenda, exige que haja consignações e só
depois é que aparecem as notas de encomenda.
Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, sugiro-lhe que se inteire sobre essa situação…
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Mantenha-se tranquilo!
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … e que esteja tranquilo, porque, pela minha parte, estou muito
tranquila mas muito preocupada. É que, como sempre, vejo uma grave nota de irresponsabilidade da parte do
Primeiro-Ministro, quando, de facto, não considera nada importante e trata de tudo com uma grande ligeireza.
E, já agora, no ano passado, foi no último mês do ano que pagou dívidas acumuladas na saúde com 400 milhões
de euros que apareceram de uma receita extraordinária; e, portanto, vamos ver qual é a receita extraordinária
que aparece este ano.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!