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11 DE MAIO DE 2017

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A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Isto porque, como os dois tão bem sabemos, se queremos resolver,

a fundo, os problemas da cidade, os problemas do transporte e do trânsito, precisamos de apostar nos

transportes coletivos.

Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, o que proponho é o seguinte: não são apenas duas estações, que não

resolvem nada, é pegar fazer o Metropolitano crescer para Belém, para Loures e também para Sacavém,

fechando vários pontos internos.

Protestos do PCP.

Dir-me-á: é ambicioso! É! É realista a médio prazo, certamente que sim. Haja vontade de encontrar o

financiamento, nomeadamente comunitário, e isto é possível fazer-se.

Portanto, eu quero saber qual é a sua disponibilidade para discutir esta matéria, uma vez que é Primeiro-

Ministro e quis ficar com o Metropolitano na esfera do Governo, não o quis passar para a Câmara Municipal. Por

isso, agora, é a si que tenho de perguntar sobre esta matéria.

Aplausos do CDS-PP.

Protestos do PCP e de Deputados do BE.

O Sr. Presidente: — Peço às Sr.as e aos Srs. Deputados para deixarem prosseguir, normal e

regimentalmente, este debate.

Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, permita-me um pequeno aparte:

não achei muito leal aproveitar a ausência da Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho para falar sobre esse momento

da campanha para a Câmara de Lisboa.

Aplausos do PS.

É com muito gosto que sabemos do seu contributo para o futuro da rede de metro na cidade de Lisboa.

Como sabe, este ano, comprometemo-nos a dar execução a todos os projetos de investimento que estavam

negociados e financiados, vindos do anterior Governo, porque é essencial que haja continuidade na execução

das grandes infraestruturas e de apresentar, no próximo ano, na Assembleia da República, aquilo que

consideramos dever ser os grandes investimentos para o pós 2020, de forma a que aqui possa ser discutido.

Desejamos que seja aprovado por uma maioria de dois terços, de modo a que aquilo que é investimento

estruturante para o País, e que não se esgota num mandato de uma legislatura, seja objeto de grande consenso

político-partidário para que, de uma vez por todas, se pare, no País, com esta situação, muito lamentável, que

é a de a maioria que chega alterar os planos de obras públicas da maioria precedente.

Nós não o fizemos, não o faremos e gostaríamos que aquilo que for aprovado agora para ser financiado no

pós 2020 fosse suscetível de ser apoiado por qualquer governo e qualquer maioria, porque é assim que,

responsavelmente, se pode planear o nosso futuro.

Agora, efetivamente, Sr.ª Deputada, não farei nada neste mandato que não tenha já o financiamento

previamente negociado no quadro do Portugal 2020, porque, se não tiver financiamento no quadro do Portugal

2020, pura e simplesmente, não passa de um bonito boneco para apresentar aqui, na Assembleia da República.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, é precisamente por me recordar

dessa sua vontade de ter um acordo alargado para as obras públicas que lhe mostro a visão do CDS para esta

matéria e lhe digo que, evidentemente, isto tem de ser apresentado em tempo para arranjar as verbas