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I SÉRIE — NÚMERO 98

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representou em pagamentos diretos das famílias, com consultas, compra de medicamentos e exames de

diagnóstico, nada mais nada menos do que 26,8% do PIB em 2014 e 27,6% do PIB em 2015.

A Sr.ª MariaAntóniaAlmeidaSantos (PS): — Isto é que dói! Isto é que dói!

A Sr.ª MarisabelMoutela (PS): — Como é que os Srs. Deputados do PSD e do CDS, depois de um corte

destes, que foi verdadeiramente sanguinário para as famílias, conseguem ter a coragem de vir aqui indignar-se

com aquilo que está a ser feito pelo atual Governo na saúde?!

Claro que estamos já preparados para assistir a mais uma cena das produções cinematográficas PSD/CDS

Lda.

Risos do PS.

Vem aí mais um capítulo em que se vai dizer que o PS é «buracologista» e que os senhores são o rigor, mas

não adianta, porque, efetivamente, essas cenas já não rendem audições.

Sr. Ministro, o que nós entendemos é que o Serviço Nacional de Saúde está a caminhar e está mais

sustentável…

Protestos do PSD.

Está, está, Srs. Deputados!

Aplausos do PS.

Os senhores não gostam, mas os senhores só não sabem porque acham que é vexatório ir a um simples

portal da saúde. É que se não achassem isso concluíam o mesmo que nós concluímos: o SNS está mais

sustentável.

A produção da atividade médica está também em crescendo, quer em termos de financiamento, quer em

termos da sua própria atividade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada Marisabel Moutela, a Mesa registou a inscrição

de um Sr. Deputado para um pedido de esclarecimento.

Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Santos.

O Sr. MiguelSantos (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Marisabel Moutela, deixe-me dizer-lhe, antes

de mais, que a desafio, no próximo debate que tivermos, a inscrever-se quando eu faço as minhas declarações,

porque isso possibilita que haver um contraditório.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Está a ter!

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Ainda estamos aqui!

O Sr. MiguelSantos (PSD): — Aliás, isto já aconteceu com vários Deputados desta bancada. Quando é

ultrapassado o tempo do contraditório, então, resolvem recorrer a algumas declarações.

Aproveito esta ocasião, Sr.ª Deputada, para a felicitar, porque, de facto, não a conhecia com tanta

propriedade e sabedora de tantos dados.

Gostava de lhe recomendar, a propósito disso, a leitura atenta do início da triste história, que é a Resolução

de Conselho de Ministros n.º 101-A/2010, e de todas as medidas que o Governo de então se via na

obrigatoriedade de adotar.