8 DE JULHO DE 2017
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Aplausos do PSD.
Sr. Ministro, podíamos falar muito mais, mas este discurso político em volta desta proposta, um discurso
político demagógico e eleitoralista, o PSD não pode acompanhar e demarca-se deste debate. Não podemos
acompanhar este tipo de discurso político, oportunista e que engana os portugueses.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — É neste sentido, Sr.as e Srs. Deputados, que o PSD vai apresentar três grandes
falhanços, que identificamos nesta proposta.
O primeiro grande falhanço é que esta proposta aparece isolada, aparece fora de uma verdadeira reforma
da Administração Pública,…
Protestos do Deputado do BE José Moura Soeiro.
… de uma reforma moderna, de uma Administração Pública moderna, célere, afinada, próxima dos cidadãos
e das empresas.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Exatamente!
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Isto é fulcral, e os senhores não a fizeram.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Não fizeram!
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — O segundo grande falhanço, Sr. Ministro — e não se ria — é que o senhor em
dois anos que passaram desse anúncio não apresentou a este Parlamento e ao País um verdadeiro diagnóstico
das necessidades de recursos humanos.
Ainda hoje, na Administração Pública, na proteção civil, na saúde, na educação, na administração interna,
não sabemos de quantos e de que perfil de trabalhadores precisamos. E, Sr. Ministro, isto é o que tecnicamente
o País precisa e que nós chamamos «gestão previsional dos recursos humanos da Administração Pública».
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Esta previsão do futuro só depois é que poderia permitir que os senhores
assumissem com arrojo este redimensionamento da máquina do Estado. Os senhores não estão a fazer bem
feito.
O terceiro grande falhanço que pretendo enunciar prende-se com o facto de o Sr. Ministro não falar verdade
e de ter mentido a cada um dos 116 000 precários que identificou.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Atingiu o tempo de que dispunha, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente. Conceda-me, por favor, o mesmo tempo que
concedeu ao Governo.
Como dizia, o terceiro grande falhanço que pretendo enunciar prende-se com o facto de não falar verdade e
de ter mentido àqueles 116 000 precários a quem o senhor, durante dois anos, prometeu que iria integrar um a
um, e não o fez.
Portanto, o PSD não acompanha uma proposta sem peso, sem medida, eleitoralista,…
O Sr. Ministro das Finanças: — Eleitoralista porquê?!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — É uma vergonha!