8 DE JULHO DE 2017
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Depois, Sr.ª Secretária de Estado, nós sentimos que os cidadãos querem que a União Europeia tenha
maiores responsabilidades neste domínio.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Vitalino Canas (PS): — Assim sendo, entendemos que o Governo e o Partido Socialista devem avançar
e assumir maiores responsabilidades no domínio da defesa, no contexto da União Europeia.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Filipe Marques.
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Sr. Presidente, há uma nota que não queria deixar de dar, porque
ouvimos aqui o Partido Socialista, pela voz do Deputado João Galamba, elogiar o Governo por medidas que
agora está a defender no âmbito da União Europeia, mas pelas quais, há dois anos, criticava veementemente o
Governo anterior na reforma da União Económica e Monetária. É o que temos.
Depois, vemos o Partido Socialista gozar com o «apagão» do Bloco de Esquerda e do PCP em matéria de
direitos sociais, os quais ainda aplaudem e riem, por sinal.
Mas, Sr. Presidente, é um facto que o Governo anterior negociou um conjunto de diretivas, sobretudo em
torno do pilar dos direitos sociais, que este Governo não transpõe, e o PCP e o Bloco de Esquerda ainda
aplaudem! Eu não percebo este «apagão» nos direitos dos trabalhadores. Essas diretivas foram negociadas
pelo Governo anterior, o Governo atual não as transpõe e o PCP e o Bloco de Esquerda aplaudem — já vimos
de tudo neste Parlamento, esta é a última.
Sr. Presidente, eu não podia deixar de terminar este debate sem dizer que, de facto, a esquerda já não faz
manifestações pelos direitos sociais, agora só faz manifestações contra a União Europeia, contra o euro e contra
a participação na NATO.
Protestos do PCP.
Sr.ª Secretária de Estado, aproveito esta deixa para lhe perguntar — e acho que é um esclarecimento
importante, já que, no futuro da política de defesa, a Europa e Portugal têm, agora, três cenários para escolher,
como bem dizia o Sr. Deputado Vitalino Canas — o que vai fazer o Governo nesta matéria pela qual não tem
respondido até agora. Qual vai ser a política de financiamento desta reforma na defesa na Europa? Quem vai
financiar? Qual vai ser o papel para as Forças Armadas portuguesas, para a indústria e também para a parte
privada das Forças Armadas? E como vai ser a articulação com a NATO?
Sr.ª Secretária de Estado, na sua última intervenção era importante que clarificasse a Assembleia e o País
sobre quais as opções que o Governo vai fazer em matéria de política de defesa, que são tão importantes para
a nossa soberania e para o futuro da Europa.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques.
Faça favor, Sr.ª Secretária de Estado.
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Europeus: — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas, Srs. Deputados,
agradeço, também, as questões que me foram colocadas.
Disponho de muito pouco tempo e gostaria, apenas, de responder a dois temas que foram aqui abordados,
sendo que, antes destes dois e relativamente à posição do Governo sobre o aprofundamento e o comportamento
da União Económica e Monetária, sugeria, num exercício de humildade, aos Srs. Deputados que têm dúvidas
sobre a posição portuguesa nesta matéria, que leiam o Programa do Governo na parte respeitante a esta matéria
e o Programa do Governo existe desde que o Governo existe e não foi recuperado mais tarde.