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12 DE OUTUBRO DE 2017

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Ser social-democrata é isto mesmo: é ser humanista, criando condições para a circulação de pessoas,

protegendo os migrantes que, legítima e legalmente, querem refazer as suas vidas, mas de uma forma

responsável. É isso que sempre exigimos para os portugueses que vivem noutros países. Disso não abdicamos!

Se o PS abdica de princípios fundamentais que, durante anos, garantiram amplos consensos sobre estas

matérias, o problema é seu. Mas é indiscutível que tal posição é contrária ao interesse dos portugueses.

Sinceramente, aconselhamos o Governo socialista a dar mais atenção à vida dos portugueses,

responsabilizando-se mais, com mais ações e menos palavras, com a sua segurança, o seu emprego e a sua

qualidade de vida.

Talvez não seja mau abandonar a retórica demagógica dos últimos tempos e repor, por exemplo, os meios

que faltam aos bombeiros e à proteção civil, os vigilantes florestais que deixaram de fiscalizar a floresta, os

nadadores salvadores…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado, por favor.

O Sr. José Cesário (PSD): — … que faltam para proteger os milhares de pessoas que continuam a

frequentar as nossas praias, os meios humanos no Instituto de Registos e Notariado, os recursos dos hospitais,

etc..

Sejamos sérios, Srs. Deputados socialistas, isto de o PCP e de o Bloco de Esquerda perderem nas urnas e

terem de ser consolados fraternalmente pelo colinho do vosso Governo, à custa dos portugueses e de

funcionários públicos competentes como Luísa Maia Gonçalves é uma vergonha!

Aplausos do PSD e de Deputados do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado José Cesário, a Mesa regista quatro inscrições

para pedidos de esclarecimento.

Como pretende responder?

O Sr. José Cesário (PSD): — Responderei dois a dois, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito bem.

Para formular um primeiro pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, do

Partido Socialista.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, se há alguém nesta Câmara

que quebrou um consenso nacional foi o Sr. Deputado José Cesário, através da intervenção que acabou de

proferir.

Aplausos do PS.

Efetivamente, associar a criminalidade à imigração está nos anais do que o pior populismo pode produzir e

do que não corresponde à matriz do conjunto dos partidos representados no Parlamento e que, felizmente,

também não corresponde à matriz do Partido Social Democrata.

Aplausos do PS.

Cito um responsável político que se senta na bancada do PSD e que, com toda a propriedade, disse, não há

muito tempo, que associar a imigração ao terrorismo e à criminalidade é errado, demagógico, redutor e

perigosíssimo. Posso usar estas palavras com convicção porque com elas concordo e concordo com o que, em

tempos, o Sr. Deputado Feliciano Barreiras Duarte disse sobre esta matéria.

Aplausos do PS.