14 DE OUTUBRO DE 2017
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Pretendemos que assim continue. Aliás, aceitasse o Governo dar mais autonomia às escolas na definição
dos seus projetos educativos e dos seus horários e não teria agora de responder à falta de tempo que os
professores apontam para esta temática.
Da nossa parte, preocupa-nos a reconhecida falta de envolvimento das associações de pais e encarregados
de educação; preocupam-nos as respostas dos jovens quanto ao custo e à disponibilidade dos métodos
contracetivos, bem como a proposta de gabinetes de informação e apoio ao aluno no ensino superior sem
qualquer articulação objetiva com as estratégias e os agentes da ação social nas instituições do ensino superior.
A confusão e distanciamento do Bloco de Esquerda e do Partido Socialista quanto a esta matéria são
preocupantes. Mas, da parte do PSD, contam com uma preocupação efetiva com a saúde e bem-estar dos
jovens portugueses, acreditando que, para isso, devemos dar mais condições às escolas e aos professores,
para que, com os meios e os incentivos certos, consigam desenvolver as estratégias mais adequadas.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para encerrar este ponto da ordem de trabalhos, tem a palavra,
para uma intervenção, o Sr. Deputado Hugo Carvalho.
O Sr. Hugo Carvalho (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Há alturas em que temos de fazer
opções e saber se queremos ser progressistas ou se queremos estar resignados a nada fazer. Ora, o Partido
Socialista apresenta-se de forma clara neste debate: nós queremos ser progressistas e estar ao lado de uma
causa mobilizadora para os jovens e os estudantes portugueses. Foi esse debate sério que quisemos trazer a
esta Câmara, um debate sério pelo progresso, pelo desenvolvimento e pelo aprofundamento de um tema que é
essencial e estruturante para nós e para a sociedade portuguesa. Foi a isso que nos propusemos e foi isso que
fizemos.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Concluída a discussão conjunta dos projetos de resolução n.os
471/XIII (2.ª) (PS) e 1075/XIII (3.ª) (BE), passamos à apreciação do Decreto-Lei nº 66/2017, de 12 de junho, que
estabelece o Regime Jurídico de Reconhecimento das Entidades de Gestão Florestal [apreciação parlamentar
n.º 39/XIII (2.ª) (BE)].
Para dar início ao debate, tem a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, o Sr.
Deputado Carlos Matias.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Falta o Governo, Sr. Presidente!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, fazemos, então, um pequeno compasso de espera,
na expectativa de que o Governo se apresente.
Pausa.
Dado que não temos, neste momento, informação sobre a presença do Governo, solicito ao Sr. Deputado
Carlos Matias que inicie a sua intervenção.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Peço a palavra para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, percebo a situação, mas uma apreciação parlamentar é
uma iniciativa legislativa que leva a debate opiniões sobre um decreto-lei, pelo que faz sentido que o Governo
esteja presente para ouvir as iniciativas desde o início.
Percebemos que este é um dia especialmente difícil para o Governo…