I SÉRIE — NÚMERO 8
54
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Srs. Deputados, vamos passar ao voto n.º 410/XIII (2.ª) — De congratulação pela atribuição do Prémio Nobel
da Paz à causa da proibição das armas nucleares, do PCP, que vai ser lido pelo Sr. Secretário Diogo Leão.
O Sr. Secretário (Diogo Leão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«A atribuição do Prémio Nobel da Paz à Campanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares (ICAN)
deve constituir um contributo para a ampliação da consciência e da mobilização em torno da necessidade e da
exigência da abolição das armas nucleares e da sua não proliferação, do desarmamento geral, simultâneo e
controlado, e da paz.
As cerca de 15 000 ogivas nucleares existentes atualmente no mundo representam uma grave ameaça que
pende sobre a Humanidade. O desarmamento nuclear coloca-se como uma questão essencial para a
salvaguarda da paz, da segurança e da sobrevivência da Humanidade.
Dando expressão à aspiração de um mundo livre da ameaça do horror nuclear, no dia 7 de julho, a
Conferência das Nações Unidas, para negociar um instrumento legalmente vinculativo que proíba as armas
nucleares, levando à sua eliminação total, adotou, por iniciativa de 122 estados, o Tratado de Proibição das
Armas Nucleares.
Tendo presente que a Constituição da República Portuguesa preconiza o "desarmamento geral, simultâneo
e controlado", partilhando a profunda preocupação com as catastróficas consequências que resultariam de um
qualquer uso de armas nucleares, e reconhecendo a consequente necessidade de as eliminar por completo,
como a única forma de garantir que as armas nucleares nunca mais serão usadas em nenhuma circunstância,
a Assembleia da República, reunida em sessão plenária do dia 13 de outubro, congratula-se pela atribuição do
Prémio Nobel da Paz à Campanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares e, desta forma, à causa da
abolição das armas nucleares e da sua não proliferação, do desarmamento geral, simultâneo e controlado, e da
paz e saúda a adoção, no âmbito das Nações Unidas, do Tratado de Proibição das Armas Nucleares.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, segue-se o voto n.º 412/XIII (3.ª) — De congratulação pela atribuição do Prémio Nobel da
Paz à Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares, do PAN e subscrito por Deputados do PS.
Vamos proceder à sua votação.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, de seguida, vai ser lido o voto n.º 411/XIII (3.ª) — De congratulação pelos 150 anos da
presença da Congregação dos Missionários do Espírito Santo em Portugal, do PSD, do PS e do CDS-PP.
O Sr. Secretário Pedro Alves irá proceder à leitura deste voto.
O Sr. Secretário (Pedro Alves): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«No próximo dia 3 de novembro a Congregação dos Missionários do Espírito Santo assinala 150 anos de
presença em Portugal.
A congregação teve origem em França nos inícios do século XVIII, tendo como fundadores Cláudio Poullart
des Placese e Francisco Libermann.
Ao longo dos tempos importa recordar grandes missionários como o Padre Tiago Laval e o Padre Daniel
Brottier.
Entre estadistas e homens de cultura, sobretudo em África, que foram formados pelos Missionários do
Espírito Santo, importa referir Leopold Senghor.
Os Espiritanos chegaram a Lisboa em 1867. Após anos difíceis, foi Braga a acolher as primeiras estruturas
de formação dos missionários.