O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 DE FEVEREIRO DE 2018

17

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção de encerramento do debate de atualidade,

tem a palavra o Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro, do Partido Socialista.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:

«Mais emprego, melhor emprego», o tema que o Partido Socialista trouxe hoje a debate exprime plenamente a

nossa visão de sociedade, o nosso entendimento da economia e os firmes princípios de justiça social em que

assentamos a nossa governação.

Nós não separamos o forte crescimento da economia da justa redistribuição do seu produto entre

trabalhadores e empregadores, recolhendo ambos os benefícios do seu esforço.

É assim que entendemos um País mais desenvolvido e é isso que a maioria do País espera de nós. Mas,

para isso, necessitamos de um Estado atento e de um poder político que não se demita de corrigir distorções e

injustiças.

O debate desta tarde permitiu confirmar que, infelizmente, não é assim para todas as forças políticas e que

a direita insiste numa visão preguiçosa que é incapaz de reconhecer o mérito das nossas opções e como elas

levaram à melhoria da qualidade de vida do nosso povo.

Aplausos do PS.

A direita está paralisada. Está paralisada hoje, como esteve durante a governação, quando acreditou, afirmou

e agiu como uma criança cega na austeridade, uma austeridade que se derrotou a si própria.

Estão paralisados hoje, como estiveram quando defenderam que o País tinha de empobrecer para crescer,

que a aposta nos baixos salários era o futuro da nossa posição no mundo e que os portugueses não podiam

aspirar a mais e melhor.

Estão paralisados, quando reproduzem de forma subserviente os argumentos das instituições internacionais,

que querem mais desregulação e mais desproteção, que rejeitamos em absoluto. Às propostas da Comissão

Europeia para facilitar despedimentos, nós dizemos «não»! Dizemos «não» e ficamos sem saber o que é que

os senhores dizem relativamente a isso.

O Sr. Carlos César (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Ora bem!

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Estão paralisados, quando defendem o diálogo social, mas depois

chumbaram-no quando aqui trouxemos um acordo de concertação social.

Estão paralisados hoje, como quando recusaram apoiar, neste Parlamento, todas as medidas que

propusemos, incluindo o aumento do salário mínimo. Porque nós temos memória e lembramo-nos que, há

apenas um ano, o PSD achava o aumento do salário mínimo excessivo.

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Muito bem!

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — O Sr. Deputado Adão Silva, que aqui relembrou legislaturas passadas,

podia ir a esta Legislatura e dizer o que é que pensa sobre esta notícia de há apenas um ano: PSD acha o

aumento do salário mínimo excessivo.

Aplausos do PS.

Gostaríamos de saber se continua a acreditar que os trabalhadores vivem acima das suas possibilidades,

quando na realidade as vossas propostas é que são muito abaixo da ambição de um País mais justo e de uma

economia mais desenvolvida.