9 DE FEVEREIRO DE 2018
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Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção de encerramento do debate de atualidade,
tem a palavra o Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro, do Partido Socialista.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:
«Mais emprego, melhor emprego», o tema que o Partido Socialista trouxe hoje a debate exprime plenamente a
nossa visão de sociedade, o nosso entendimento da economia e os firmes princípios de justiça social em que
assentamos a nossa governação.
Nós não separamos o forte crescimento da economia da justa redistribuição do seu produto entre
trabalhadores e empregadores, recolhendo ambos os benefícios do seu esforço.
É assim que entendemos um País mais desenvolvido e é isso que a maioria do País espera de nós. Mas,
para isso, necessitamos de um Estado atento e de um poder político que não se demita de corrigir distorções e
injustiças.
O debate desta tarde permitiu confirmar que, infelizmente, não é assim para todas as forças políticas e que
a direita insiste numa visão preguiçosa que é incapaz de reconhecer o mérito das nossas opções e como elas
levaram à melhoria da qualidade de vida do nosso povo.
Aplausos do PS.
A direita está paralisada. Está paralisada hoje, como esteve durante a governação, quando acreditou, afirmou
e agiu como uma criança cega na austeridade, uma austeridade que se derrotou a si própria.
Estão paralisados hoje, como estiveram quando defenderam que o País tinha de empobrecer para crescer,
que a aposta nos baixos salários era o futuro da nossa posição no mundo e que os portugueses não podiam
aspirar a mais e melhor.
Estão paralisados, quando reproduzem de forma subserviente os argumentos das instituições internacionais,
que querem mais desregulação e mais desproteção, que rejeitamos em absoluto. Às propostas da Comissão
Europeia para facilitar despedimentos, nós dizemos «não»! Dizemos «não» e ficamos sem saber o que é que
os senhores dizem relativamente a isso.
O Sr. Carlos César (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Ora bem!
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Estão paralisados, quando defendem o diálogo social, mas depois
chumbaram-no quando aqui trouxemos um acordo de concertação social.
Estão paralisados hoje, como quando recusaram apoiar, neste Parlamento, todas as medidas que
propusemos, incluindo o aumento do salário mínimo. Porque nós temos memória e lembramo-nos que, há
apenas um ano, o PSD achava o aumento do salário mínimo excessivo.
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Muito bem!
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — O Sr. Deputado Adão Silva, que aqui relembrou legislaturas passadas,
podia ir a esta Legislatura e dizer o que é que pensa sobre esta notícia de há apenas um ano: PSD acha o
aumento do salário mínimo excessivo.
Aplausos do PS.
Gostaríamos de saber se continua a acreditar que os trabalhadores vivem acima das suas possibilidades,
quando na realidade as vossas propostas é que são muito abaixo da ambição de um País mais justo e de uma
economia mais desenvolvida.