3 DE FEVEREIRO DE 2018
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Pausa.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. AndréSilva (PAN): — O direito de iniciativa por arrastamento não foi salvaguardado e a fase de
especialidade foi suprimida.
O princípio da publicidade, próprio da democracia aberta de uma sociedade aberta, foi violado.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Teve três meses para dizer alguma coisa e não disse nada!
O Sr. AndréSilva (PAN): — Em janeiro, o PAN propôs, em dois momentos, que o Parlamento realizasse um
debate alargado e não à porta fechada. Não conseguimos, não tivemos o apoio necessário.
O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr. Deputado. Faça favor de concluir.
O Sr. AndréSilva (PAN): — Sr. Presidente, vou terminar.
Sr.as e Srs. Deputados, hoje, no único debate que os partidos quiseram fazer, a que designam de alargado,
optámos unicamente por reverter as três alterações enunciadas, propondo a sua eliminação, não apresentando
quaisquer alterações de substância em respeito pela congruência com o que acabámos de defender.
Protestos do BE, do PCP e de Os Verdes.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.
O Sr. AndréSilva (PAN): — O debate sobre o modelo de financiamento e de fiscalização dos partidos não
se pode resumir a uma discussão em Plenário de 90 minutos, com votações finais de imediato e sem ouvir os
cidadãos e as várias entidades que edificam a nossa democracia.
Protestos do PSD, do PS, do BE, do PCP e de Os Verdes.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, peço que façam silêncio para poder dar a palavra ao orador seguinte.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.
O Sr. PedroFilipeSoares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este debate exige muito mais
seriedade do que aquela que tivemos na intervenção anterior.
O Sr. JosédeMatosRosa (PSD): — Muito bem!
O Sr. PedroFilipeSoares (BE): — Relativamente à dúvida que ficou colocada em cima da mesa sobre se
existiu alguma alteração à lei que, primeiro, favorecesse alguma falta de transparência no financiamento dos
partidos, segundo, potenciasse alguma atividade de corrupção que tivesse sido impedida e que agora passasse
a estar prevista e, terceiro, retirasse alguma capacidade de fiscalização à entidade fiscalizadora das contas, a
resposta, clara, inequívoca e incapaz de aqui ser rechaçada por qualquer bancada parlamentar, a cada uma
destas perguntas é «não!». Não foi diminuída a exigência de transparência aos financiamentos dos partidos
políticos que anteriormente existia!
Tudo o que for dito ao contrário sobre esta matéria é demagogia e populismo, e o Bloco de Esquerda
demarca-se imediatamente destas afirmações.
Vozes do BE: — Muito bem!
O Sr. PedroFilipeSoares (BE): — Dito isto, vamos ao que interessa.