O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

28 I SÉRIE — NÚMERO 59

Aliás, Srs. Deputados, isso é bem o entendimento de modernidade para o PSD e para o CDS. De facto, o

entendimento de modernidade que têm é as trabalhadoras das IPSS descansarem 52 dias por ano e trabalharem

muito mais do que 300 dias, trabalharem por turnos. Modernidade é as trabalhadoras das grandes superfícies

receberem uma chamada para saberem qual vai ser o horário na manhã seguinte, sem ter tempo para os filhos.

Modernidade é só para as Sr.as Deputadas porque para os filhos dos outros e para as suas famílias não há

modernidade nenhuma, só há retrocesso.

Aplausos do PCP.

Por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, para terminar a discussão sobre a concertação social, quero dizer

o seguinte: os Srs. Deputados sabem muito bem que a discussão sobre a concertação social é uma discussão

viciada, é um plano inclinado para os trabalhadores. Os Srs. Deputados sabem que na concertação social os

trabalhadores estão sempre em desvantagem.

Mas não foi nesta Sala que se discutiu a introdução dos bancos de horas e da caducidade? Não foram

Deputados aqui sentados que votaram a caducidade? Então por que é que não há de ser aqui que se vota a

retirada da caducidade?! Por que é que não há de ser aqui, nesta Sala, que se defendem os direitos dos

trabalhadores?!

Aplausos do PCP.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, termino dizendo apenas isto: o PCP tem um profundo orgulho em saber de

que lado está. Não temos medo dos tombos, porque tombamos sempre para o mesmo lado, Sr.ª Deputada

Wanda Guimarães. Tombamos sempre para o lado dos trabalhadores. Por isso não temos problemas nenhuns

em dizer: temos muito orgulho neste País, na luta dos trabalhadores, na CGTP-IN e na defesa dos direitos dos

trabalhadores.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Adão

Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: No encerramento deste debate e, sobretudo,

depois de ouvir a Sr.ª Deputada Rita Rato, com aquele ar crispado,…

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Determinado!

O Sr. Adão Silva (PSD): — … bem podemos dizer que hoje é o dia em que o PCP diz: «Ou vai ou racha!».

Repito, «ou vai ou racha!».

E percebo muito bem. O PCP sente-se traído, desiludido, enganado pelo Partido Socialista, seu parceiro

nesta coligação. Claro que o PCP está aqui num verdadeiro labirinto de enganos, porque pensava que, chegado

ao Governo e chegada esta solução governamental, o PS, finalmente, abriria as portas à revolução gloriosa do

PCP.

Afinal, parafraseando Marcel Proust, o PCP anda «Em Busca da Revolução Perdida». Os senhores perderam

a revolução e, agora, querem ver se a encontram.

Aplausos do PSD.

Protestos do PCP.

Por isso, a primeira pergunta que faço é esta: afinal, o PCP já sabe para que lado é que foi o tombo do PS,

ou ainda não sabe para lado caiu o PS?