15 DE MARÇO DE 2018 41
Aplausos do PCP e de Os Verdes.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para a última declaração de voto oral, tem a palavra o Sr.
Deputado José Soeiro, do Bloco de Esquerda.
O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Temos hoje o desafio imenso de
reequilibrar as relações de trabalho e de relançar a contratação coletiva. Temos também o desafio de impedir
que a legislação do trabalho possa permitir a imposição unilateral da desregulação dos horários e da
desregulação do trabalho. Temos um terceiro desafio, que é o do combate à precariedade. De cada uma destas
matérias, o Bloco de Esquerda não desiste.
O Governo tem compromissos inscritos no seu Programa e tem compromissos assumidos com o Bloco de
Esquerda no grupo de trabalho, que constituímos, contra a precariedade.
Entendemos que, sobre cada uma destas matérias — contratação coletiva, banco de horas e combate à
precariedade —, é não só possível como urgente que haja alterações legislativas, estando algumas delas até já
acordadas.
Esse é o trabalho que vamos fazer nas próximas semanas, sabendo que, além do trabalho que fazemos
aqui, a própria mobilização dos trabalhadores será determinante naquilo que viermos a alcançar.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Srs. Deputados, terminados os trabalhos de hoje, quero dar
nota da ordem do dia da reunião plenária de amanhã, com início às 15 horas.
Do primeiro ponto consta o debate quinzenal com o Sr. Primeiro-Ministro, ao abrigo da alínea a) do n.º 2 do
artigo 224.º do Regimento da Assembleia da República, sobre prevenção estrutural e gestão integrada de
incêndios, seguido, no segundo ponto, do debate com a presença do Governo sobre as prioridades da
presidência da Bulgária no Conselho da União Europeia, nos termos previstos na alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º
da Lei n.º 43/2006, de 25 de agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2012, de 17 de maio, relativa
ao acompanhamento, apreciação e pronúncia sobre a participação portuguesa no processo de construção da
União Europeia, e do debate, com a participação do Primeiro-Ministro, preparatório do Conselho Europeu, ao
abrigo da alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º da mesma Lei n.º 21/2012, de 17 de maio.
Muito boa tarde, Sr.as e Srs. Deputados.
Está encerrada a sessão.
Eram 17 horas e 31 minutos.
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Declarações de voto enviadas à Mesa para publicação
Relativas aos projetos de lei n.os 712, 713, 714, 715, 732, 792, 793, 800, 802 e 803/XIII (3.ª) e ao projeto de
resolução n.º 1395/XIII (3.ª)
O Parlamento discutiu um conjunto de iniciativas legislativas que visavam alterações profundas às leis
laborais que vigoram.
O Partido Socialista assinalou a sua oposição genérica aos projetos, mas não foi tão longe quanto devia na
leitura do atual quadro do mercado de trabalho português.
A atual solução governativa é impeditiva de avanços que ainda são necessários para autorizarmos um maior
crescimento económico e a captação de investimento de qualidade.
As posições reacionárias dos partidos à esquerda do PS, também de muitos dirigentes do PS, carecem de
limitação em tempos próximos, obrigam a uma outra composição parlamentar.