I SÉRIE — NÚMERO 60
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primeira de todas as prioridade. É para isso que estamos e que continuaremos a trabalhar, com a serenidade e
a determinação com que enfrentamos este problema, que assim o exige
Aplausos do PS.
Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente José de Matos Correia.
O Sr. Presidente: — Terminámos assim o primeiro ponto da ordem do dia.
Srs. Deputados, vai proceder-se ao debate, com a presença do Governo, sobre as prioridades da presidência
da Bulgária no Conselho Europeu, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 43/2006, de 25 de
agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2012, de 17 de maio, relativa ao acompanhamento,
apreciação e pronúncia pela Assembleia da República no âmbito do processo de construção da União Europeia,
e ao debate preparatório do próximo Conselho Europeu, ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º da mesma
Lei n.º 21/2012, de 17 de maio.
Para abrir este debate, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, só para esclarecer, vamos fazer os dois debates em separado
ou em conjunto?
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Em conjunto, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A Bulgária apresentou as suas
prioridades relativamente à sua presidência no Conselho da União Europeia. Elas são conhecidas, traduzem e
merecem um consenso importante de continuidade naquilo que são as prioridades definidas em Bratislava sobre
o futuro da União Europeia.
Permitam-me, por isso, que me centre, em particular, neste Conselho e na cimeira da zona euro, que terá
lugar nos próximos dias 22 e 23 de março. Em primeiro lugar, será um Conselho atípico porque reunirá em três
formações diferentes: a 28, com a participação de todos os Estados; a 27, para a discussão do Brexit; e a 19,
na cimeira da zona euro.
Do conjunto dos temas, gostaria de enfatizar três que me parecem particularmente importantes.
Quanto ao tema relativo ao emprego, ao crescimento e à competitividade, acompanhamos o projeto de
conclusões no que diz respeito à necessidade de completar o mercado único, designadamente nos domínios
energético e digital e temos, ainda, a necessidade de continuar a promover o comércio livre e justo,
desenvolvendo parcerias comerciais, designadamente, com o Mercosul, que é de uma importância económica
fundamental para a União Europeia.
No âmbito deste ponto, será apreciado o relatório sobre os desequilíbrios macroeconómicos e será com
satisfação que poderemos, então, assinalar o facto de Portugal ter sido, agora, retirado da lista dos países que
se encontravam com um desequilíbrio macroeconómico excessivo. Será também uma boa oportunidade para
reafirmarmos a nossa intenção de ver o pilar europeu dos direitos sociais, proclamados em 21 princípios em
Gotemburgo, transformado num verdadeiro plano de ação que se possa concretizar como um pilar fundamental
da nossa união económica e monetária.
O segundo tema que gostaria de destacar diz respeito ao Brexit. Concluída a primeira fase das negociações,
vimos protegida no essencial aquela que era para nós a prioridade, ou seja, a proteção dos direitos dos cidadãos
portugueses residentes no Reino Unido e, também, a proteção dos direitos dos cidadãos do Reino Unido
residentes em Portugal. Em particular, sublinhamos a importância da portabilidade dos direitos sociais e a
possibilidade da garantia do reagrupamento familiar.
Quanto à abertura da segunda fase das negociações, desejamos poder manter com o Reino Unido a relação
mais próxima possível, quer do ponto de vista comercial, quer do ponto de vista da cooperação em áreas que
nos são fundamentais, como seja a área da defesa, sobretudo para um país que, tal como o Reino Unido, é um
país atlântico.
Gostaria de sublinhar que a Assembleia da República tem e terá sempre um papel essencial em toda esta
negociação, visto que, para além da aprovação pelo Parlamento Europeu, o acordo de saída terá também de