O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 62

28

Depois, o Bloco de Esquerda e o PCP, nos seus discursos, continuam a referir que vão exigir 1% do

Orçamento para a cultura, quando não reclamam 1% do PIB (produto interno bruto), mas tudo isso parece ter

ficado esquecido quando os senhores fizeram este acordo — desculpe repetir mais uma vez — da geringonça.

Em terceiro lugar, e relativamente ao orçamento corrente, que era o de 2017, a Coordenadora do Bloco de

Esquerda, Catarina Martins, disse que o orçamento para a cultura era «vergonhosamente baixo» — vou repetir,

«vergonhosamente baixo». Mas isso, Srs. Deputados, não os impediu de viabilizar o Orçamento do Estado para

2018.

Ora, quando consideramos que há um orçamento que é «vergonhosamente baixo», não estamos em

condições de o viabilizar.

O Sr. Filipe Lobo d´Ávila (CDS-PP): — Bem lembrado!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Porque o Sr. Deputado disse que não podemos encolher os ombros e

que o Bloco de Esquerda quer contribuir para uma melhoria, deixe-me dizer, Sr. Deputado, que o Orçamento do

Estado entrou em vigor há dois meses e com certeza que conhece uma coisa que se chama lei-travão.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada Teresa Caeiro, beneficiou largamente da distração

da Mesa e, portanto, agradecia que terminasse.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Não, Sr. Presidente. A Mesa e a Assembleia é que beneficiam claramente

da minha distração contínua.

Risos e aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Absolutamente, Sr.ª Deputada. Estou completamente de acordo.

Risos do CDS-PP.

Ainda assim, Sr.ª Deputada, peço-lhe que termine.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — A Mesa e a Assembleia beneficiam constantemente da minha distração.

Permita-me então, Sr. Presidente, dar apenas três exemplos de iniciativas do CDS que foram rejeitadas pelo

Bloco de Esquerda aquando da discussão do Orçamento do Estado para 2018, nomeadamente um plano

nacional para o desenvolvimento das artes e da cultura em que o Partido Socialista votou contra.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, não me leve a mal, mas peço-lhe mesmo que

termine.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — O CDS apresentou uma proposta de alteração relativa à Opart, porque

tinham sido retirados 2 milhões e 400 mil euros àquele organismo, e o Bloco de Esquerda não acompanhou esta

iniciativa.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, peço-lhe que termine.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Enfim, Sr. Deputado, mais vale a redenção. Porém, tarde veio essa

redenção, porque os senhores viabilizaram esse Orçamento do Estado.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José

Carlos Barros, do PSD.