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I SÉRIE — NÚMERO 62

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A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Nada?!

O Sr. Jorge Campos (BE): — O que fazemos é discutir as matérias e ver se chegamos, ou não, a um

consenso.

Srs. Deputados, em matéria curricular naquilo que diz respeito a políticas culturais, creio que os senhores

não ficam bem na fotografia, desculpem que vos diga.

Sr. Deputado José Carlos Barros, desculpe que lhe diga o seguinte: há pessoas no seu partido que têm as

mais elevadas responsabilidades que entregaram, por exemplo, teatros municipais a um único agente teatral. É

isso uma política cultural?

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Rui Rio! É verdade!

O Sr. Jorge Campos (BE): — Sr. Deputado, há uma pessoa altamente colocada no seu partido que, durante

anos a fio, não falou com agentes culturais da cidade onde estava.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Rui Rio, mais uma vez!

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Campos (BE): — Nesta matéria, estamos absolutamente conscientes das dificuldades que

temos, mas sabemos que mantemos uma relação de diálogo com os nossos parceiros de convergência nesta

solução governativa. E por aí nos ficamos, e não estamos a dar-nos mal, Sr. Deputado e Sr.ª Deputada!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado Jorge Campos, houve um lapso na contagem do

tempo. Há pouco, pressionei indevidamente o Sr. Deputado — e por isso peço desculpa —, mas certamente, na

próxima resposta, continuará a ser igualmente contido e, portanto, tudo se acertará.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, do PS.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, começo por agradecer ao Sr.

Deputado Jorge Campos a comunicação e a declaração política que fez.

De facto, coloca na agenda um assunto fundamental e coloca agora, na resposta aos primeiros pedidos de

esclarecimento, precisamente os termos em que a relação entre o Partido Socialista e os partidos que suportam

o Governo funciona: com clareza, com transparência, com partilha de objetivos e com a realização daquilo que

é possível.

Por isso, é estrondoso ouvir intervenções, como a do Sr. Deputado José Carlos Barros, que, há pouco, dava

nota da ideia de que aparentemente há um hiato na atividade cultural que nasce a partir de 2015 e que, de facto,

os tempos radiosos e positivos foram aqueles que estiveram entre 2011 e 2015. Como se não tivesse sido esse

o período em que até a dignidade do Ministério da Cultura o Governo fez desaparecer.

Sr. Deputado, o que de alguma forma é estranho não é o Sr. Primeiro-Ministro assumir um importante reforço

de 1,5 milhão de euros na política cultural — isso é positivo e devemos saudar o Sr. Primeiro-Ministro por fazê-

lo. Estranho é o anterior Primeiro-Ministro, que assumiu que a cultura não era desvalorizada, porque era tutelada

diretamente por ele — era o que alegava no momento em que fez desaparecer o Ministério da Cultura —, não

tenha uma única vez tomado uma posição para salvaguardar a presença dos Miró, em Portugal, para evitar a

venda do Crivelli, para assegurar financiamento da cultura, para assegurar a manutenção do património. Esse,

sim, um Primeiro-Ministro ausente e um Primeiro-Ministro que, sistematicamente, desvalorizou a cultura ao longo

dos últimos quatro anos.

Aplausos do PS.