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I SÉRIE — NÚMERO 68

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Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, só posso partilhar as suas

palavras,…

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Confirma que o Governo está em falta?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … com uma pequena diferença: enquanto cumpri o serviço militar obrigatório e

enquanto chefiei a secção de justiça do quartel-general, instruí muitos e muitos processos de ferimento ou morte

em combate, da guerra do ultramar,…

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Eu também!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e lembro-me bem da complexidade daqueles processos e das causas da sua

morosidade.

Como me diz que também o fez, sabe, seguramente, a razão pela qual esses processos são demorados.

Aplausos de Deputados do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para formular perguntas, o Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, falar dos

resultados do emprego que conhecemos esta semana é falar dos bons resultados da governação do Partido

Socialista.

Falar de emprego é falar de uma marca distintiva da nossa visão de sociedade, na qual recusamos separar

o crescimento da economia da justa retribuição do esforço de todos, sejam eles trabalhadores ou empregadores.

Mas é, sobretudo, falar de uma política alternativa que vingou. Uma alternativa que se tornou num exemplo

internacional e que permite, hoje, ao nosso Primeiro-Ministro, discursar no Parlamento europeu e ser aplaudido

por todas as bancadas, incluindo a do PPE (Partido Popular Europeu), porque não fizemos apenas diferente

daquilo que a direita fez, quando foi Governo em Portugal, mas, sim, porque, desde 2015, fizemos exatamente

o contrário daquilo que PSD e CDS defenderam nesta Câmara.

Srs. Deputados, contrariamente ao que dizem, a medida do nosso sucesso é a escala do vosso falhanço

social, laboral e económico.

Aplausos do PS.

Nós temos memória: aumento histórico do salário mínimo, votaram contra; reposição de feriados, foram

contra; programa de regularização de precários, foram contra; reforço da ACT, foram contra; responsabilização

das empresas de trabalho temporário, foram contra; lei de transmissão do estabelecimento, foram contra; lei de

combate ao assédio, foram contra; fim dos cortes no subsídio de desemprego, foram contra; novo regime para

trabalhadores independentes, foram contra; Fim das reduções remuneratórias, foram contra. Foram contra,

contra, contra! Foram contra tudo isto e muito mais!

Os senhores foram sempre contra, estiveram sempre do contra e, por isso, não podem hoje reclamar os

méritos daquilo que, desde sempre, combateram.

Aplausos do PS.