I SÉRIE — NÚMERO 68
14
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, só posso partilhar as suas
palavras,…
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Confirma que o Governo está em falta?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … com uma pequena diferença: enquanto cumpri o serviço militar obrigatório e
enquanto chefiei a secção de justiça do quartel-general, instruí muitos e muitos processos de ferimento ou morte
em combate, da guerra do ultramar,…
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Eu também!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … e lembro-me bem da complexidade daqueles processos e das causas da sua
morosidade.
Como me diz que também o fez, sabe, seguramente, a razão pela qual esses processos são demorados.
Aplausos de Deputados do PS.
Protestos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para formular perguntas, o Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, falar dos
resultados do emprego que conhecemos esta semana é falar dos bons resultados da governação do Partido
Socialista.
Falar de emprego é falar de uma marca distintiva da nossa visão de sociedade, na qual recusamos separar
o crescimento da economia da justa retribuição do esforço de todos, sejam eles trabalhadores ou empregadores.
Mas é, sobretudo, falar de uma política alternativa que vingou. Uma alternativa que se tornou num exemplo
internacional e que permite, hoje, ao nosso Primeiro-Ministro, discursar no Parlamento europeu e ser aplaudido
por todas as bancadas, incluindo a do PPE (Partido Popular Europeu), porque não fizemos apenas diferente
daquilo que a direita fez, quando foi Governo em Portugal, mas, sim, porque, desde 2015, fizemos exatamente
o contrário daquilo que PSD e CDS defenderam nesta Câmara.
Srs. Deputados, contrariamente ao que dizem, a medida do nosso sucesso é a escala do vosso falhanço
social, laboral e económico.
Aplausos do PS.
Nós temos memória: aumento histórico do salário mínimo, votaram contra; reposição de feriados, foram
contra; programa de regularização de precários, foram contra; reforço da ACT, foram contra; responsabilização
das empresas de trabalho temporário, foram contra; lei de transmissão do estabelecimento, foram contra; lei de
combate ao assédio, foram contra; fim dos cortes no subsídio de desemprego, foram contra; novo regime para
trabalhadores independentes, foram contra; Fim das reduções remuneratórias, foram contra. Foram contra,
contra, contra! Foram contra tudo isto e muito mais!
Os senhores foram sempre contra, estiveram sempre do contra e, por isso, não podem hoje reclamar os
méritos daquilo que, desde sempre, combateram.
Aplausos do PS.