O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 68

30

um suplemento extraordinário de pensão em agosto — aliás, por proposta do PCP. Foi apesar de todo este

esforço que tivemos aquele resultado orçamental.

Não andámos a fazer cortes para ter aquele resultado orçamental!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Tivemos aquele resultado orçamental apesar deste esforço de investimento e de despesa que tivemos.

Obviamente, temos de procurar uma solução equilibrada e foi isso que se procurou fazer. Agora, aquele

resultado orçamental deve-se, sobretudo, ao crescimento da economia e o crescimento da economia deve-se à

mudança de política que introduzimos em conjunto, há dois anos, que devolveu confiança e vontade de

investimento aos portugueses e que resultou no crescimento da economia e na criação de emprego. É isto que

tem sustentado esta trajetória orçamental, uma trajetória saudável que não é feita à custa de cortes nem de

aumentos de impostos, mas é feita de boa gestão orçamental, de boa gestão económica e recuperando os

cortes e os aumentos que tinham sido impostos pela maioria de direita.

É esse o caminho que, em conjunto, devemos prosseguir, Sr. Deputado.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem novamente a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, uma coisa é serem ouvidos, outra

coisa é ter-se em consideração aquilo que se disse…

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — … e, durante a consulta pública, os respetivos interessados

pronunciaram-se. Publiquem o resultado desse debate e dessa contribuição!

Sr. Primeiro-Ministro, uma questão que aqui também já surgiu foi a de as dificuldades que estão criadas no

apoio às artes contrastarem com a disponibilidade que continua a existir para a banca.

Há muito que os problemas do Novo Banco estão identificados. O Grupo Espírito Santo foi deixado em roda

livre a ganhar poder e a distribuir a fortuna. Tudo isto é conhecido e tudo isto deixa claras, naturalmente, as

responsabilidades dos sucessivos governos, com particular peso para o anterior Governo, PSD/CDS, mas há

também responsabilidades do atual Governo.

O Governo fez a opção errada de vender o Novo Banco e agora, ainda por cima, continua a injetar nele

dinheiro público. O PCP já tinha alertado para isso e proposto uma alternativa: o Novo Banco deveria ter sido

mantido na esfera pública. O Governo fez a opção contrária: vendeu o banco nas condições que são conhecidas

e agora vai injetar nele 800 milhões de euros porque alguém obteve crédito que não pagou. «Empréstimo»,

disse! Pois, fez as contas e afirmou que «ficar o banco na esfera pública sairia mais caro». Só que omitiu uma

parcela dessa conta, pois, se isso tivesse acontecido, o banco era português, era nosso e não do estrangeiro,

como aconteceu.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

Por isso, pergunto-lhe, Sr. Primeiro-Ministro: quem vai beneficiar daquela injeção de dinheiro público? Que

imparidades foram registadas? Que devedores vão beneficiar delas e a que créditos correspondem? Como é

que, para o Governo, pode justificar-se que haja agora 800 milhões de euros para injetar no Novo Banco mas

não haja dinheiro para avançar mais na reposição de rendimentos e direitos?